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Comandante do Exército diz que resultado das eleições foi indesejado

General Paiva afirmou ainda que militares não constataram fraudes no pleito

Comandante do Exército diz que resultado das eleições foi indesejado
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Em uma conversa com subordinados, divulgada pelo podcast Roteirices, do jornalista Carlos Alberto Jr, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, admite que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi "indesejada". Ele também afirmou que os militares não constataram fraudes no pleito de 2022.

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O general explicou que as Forças Armadas participaram da comissão de fiscalização das eleições e que "não aconteceu nada, não teve nada".

"Tanto que teve um relatório do Ministério da Defesa que foi emitido e que fala que não foi encontrado nada naquilo que foi visto. Agora, o processo possivelmente pode ter falhas que têm de ser apuradas, falhas graves, mas não dá para falar com certeza que houve irregularidades. Infelizmente foi o resultado que a maioria de nós, para a maioria de nós foi indesejado, mas aconteceu", afirmou.

As declarações foram feitas após os ataques aos prédios do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal. No mesmo discurso, Tomás Paiva fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e citou interferências políticas nas Forças Armadas.

Entre as ações apontadas ele citou uma suposta intenção de Bolsonaro de promover uma motociata na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que, segundo o general foi vetada; e a mudança do desfile do 7 de Setembro de Brasília para o Rio de Janeiro, onde bolsonaristas fariam um ato de apoio ao então governo.

"Algumas interferências do governo, direta, na área militar. Então, isto, a nova motociatas de Bolsonaro será na Aman. Foi noticiado. Não ocorreu porque os nossos comandantes e generais convenceram o presidente de que não era uma coisa adequada ter uma motociata, que é um ato político de apoio ao presidente, dentro da academia militar. Dá para achar que isso é uma coisa adequada?", afirmou.

"A diferença nunca foi tão pequena, mas o cara fala assim: ?General, teve fraude?. Nós participamos de todo o processo de fiscalização, fizemos relatório, fizemos tudo. Constatou-se fraude? Não. Eu estou falando para vocês, pode acreditar. A gente constatou fraude? Não.", apontou Tomás Paiva.

Segundo Tomás Paiva, inicialmente havia uma ordem "de não impedir as manifestações golpistas", referindo-se à nota divulgada em novembro pelos comandantes das três Forças que tentava justificar os pedidos de intervenção militar.

"Havia um entendimento do comandante em chefe das Forças Armadas, que era o presidente da República, que não era para mexer [nos acampamentos], que era legítimo. Não teve nenhuma intercorrência, ninguém se manifestou [pelo término dos atos], nem a Justiça, nem o Ministério Público, não teve nada", disse.

O general Tomás foi nomeado comandante do Exército após a demissão do general Júlio César de Arruda, que sofreu forte desgaste depois dos atos golpistas de 8 de janeiro. Os inquéritos apuram se houve conivência de militares com a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes.

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