União Europeia aprova 10º pacote de sanções contra Rússia
Lista abrange agências bancárias, exportações e empresas iranianas que produzem drones
Camila Stucaluc
A União Europeia (UE) aprovou, neste sábado (25.fev), o 10º pacote de sanções contra a Rússia em resposta à invasão na Ucrânia. Segundo o Alto Representante do bloco para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, as restrições englobam 121 indivíduos e entidades de Moscou, além de exportações, propagandas e setor bancário.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Permanecemos unidos em nossa determinação de amassar a máquina de guerra da Rússia. Como parte de nossas listas, visamos os responsáveis pela deportação e adoção forçada de pelo menos 6 mil crianças ucranianas. Esta é uma clara violação do direito internacional, incluindo a convenção de Genebra", disse Borrell.
A aprovação do novo pacote acontece um dia depois da guerra completar um ano, assim como prometido pela UE ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Pelas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco possui agora as sanções de maior alcance de todos os tempos.
De acordo com o pacote, ficam proibidas exportações de tecnologia crítica e bens industriais que podem ser direcionados para os militares russos, bem como drones, mísseis, helicópteros e câmeras térmicas. A lista ainda inclui, pela primeira vez, sete entidades iranianas que fabricam drones kamikazes - já utilizados por russos na batalha.
Além disso, a decisão restringe a possibilidade de cidadãos russos ocuparem qualquer cargo nos órgãos de governo e entidades da UE e congela ativos de três bancos russos. O bloco ainda iniciou o processo de suspensão das licenças de radiodifusão de dois meios de comunicação RT árabe e Sputnik árabe, comandados por Moscou.
+ Zelensky responde ao SBT que convidou Lula para viajar à Ucrânia
"Agora temos as sanções de maior alcance de todos os tempos - esgotando o arsenal de guerra da Rússia e afetando profundamente sua economia. Também estamos aumentando a pressão sobre aqueles que tentam burlar nossas sanções", disse von der Leyen.