PF envia agentes para investigar morte de três yanomami por garimpeiros
Ministério dos Povos Indígenas pediu ajuda ao Ministério da Justiça para a remoção dos corpos
Yuri Hupsel
A Polícia Federal enviou agentes à terra Yanomami para investigar morte de três indígenas por garimpeiros. O Ministério dos Povos Indígenas pediu ajuda ao Ministério da Justiça para a remoção dos corpos.
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Um dos assassinatos ocorreu na região de Homoxi, onde garimpeiros acamparam em uma pista de pouso clandestina. Eles recorrem a voos clandestinos para sair da terra indígena Yanomami, já que o espaço aéreo está fechado. Os outros dois casos foram na região do Rio Parima. O local também conta com grande presença de garimpeiros ilegais.
Nesta 2ª feira (6.fev), o Ministério dos Povos Indígenas pediu ajuda ao Ministério da Justiça para a retirada dos corpos das vítimas, isso para que o povo Yanomami possa cumprir os ritos culturais de morte, sem risco de novos conflitos.
No domingo, um bebê yanomami de 1 ano e 5 meses morreu por desnutrição grave e desidratação na comunidade Pahayd. A criança chegou a ser levada ao posto avançado de Surucucu, mas devido ao mau tempo não pôde ser transferida para Boa Vista.
Roraima é onde está a maior reserva indígena no Brasil, a terra Yanomami. É o local onde o garimpo cresceu mais de 50%, entre 2019 e 2022. Esse pode ser um dos motivos que fizeram de Roraima o estado onde a Polícia Federal mais apreendeu aeronaves ligadas ao garimpo.
As informações são do projeto Data Fixers, em parceria com a agência de dados Fiquem Sabendo. O levantamento mostra que 61 aviões, helicópteros e carcaças de aeronaves foram apreendidos no estado entre 2014 e 2022, com um valor estimado em mais de R$ 31 milhões.
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