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Após depoimento de Torres, defesa pedirá revogação da prisão preventiva

Há novos elementos que podem levar o STF a rever a ordem de prisão, diz advogado

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O advogado Rodrigo Roca, responsável pela defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça  Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres, anunciou em entrevista ao Agenda do Poder do SBT News que irá apresentar ao Supremo Tribunal Federal, na próxima segunda-feira, dia 6, um novo pedido de revogação de prisão em favor de Torres.

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Ele contou que a defesa do ex-secretário já havia feito esse pedido à Justiça, mas não teve resposta. Torres foi preso preventivamente no dia 14 de janeiro por suspeita de omissão ou conivência com os atos de invasão e depredação dos prédios-sede dos Três Poderes. Ele foi preso no aeroporto de Brasília após retornar dos Estados Unidos. Ele viajou ao país na noite do dia 6, mas entraria oficialmente de férias somente no dia 9.

"O decreto de prisão foi feito com um quadro parcial, porque foi com base na visão e na narrativa da autoridade policial que entendeu naquele momento por pleitear algumas medidas cautelares, entre elas, a prisão do doutor Anderson Torres. A decisão do ministro AM [Alexandre de Moraes] tem uma certa coerência com o quadro que lhe foi apresentado naquele momento. Mas, hoje, por ele ter se apresentado para prestar contas à Justiça, por já haver vários depoimentos convergindo neste sentido de não haver falha no planejamento atribuído à secretaria, nós vamos renovar o pedido", explicou Roca.

O advogado avalia que também é possível pedir ao Supremo a substituição da prisão preventiva por domiciliar ou a concessão de liberdade mediante medidas cautelares como o uso da tornozeleira eletrônica. Roca reforça que Torres autorizou acesso a sigilos bancários, fiscais, telefônicos, telemáticos, assim como ofereceu entregar o passaporte à polícia.

A defesa afirma que não houve erro de planejamento em segurança pública sobre o dia 8 de janeiro. Torres não teria tomado ciência do relatório de inteligência produzido pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e entregue no gabinete do ex-secretário no dia 6. O documento alertava sobre risco de invasão ao Congresso Nacional.

"Ainda que essa informação tivesse chegado em tempo, o planejamento, o Plano de Ações Integradas,  não seria alterado em nada porque não compete à secretaria dimensionar tropa, viatura, convocar batalhões. Cada força policial tem a sua autonomia para fazê-lo", defende Roca. Veja a íntegra da entrevista de Rodrigo Roca ao Agenda do Poder desta sexta-feira, dia 3 de fevereiro:

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