39% dos frequentadores da Cracolândia estão no local há mais de 10 anos
Isto é o que mostra pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a pedido da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, mostra que 39% dos usuários abusivos de drogas e álcool frequentadores da Cracolândia, na capital paulista, encontram-se no local há mais de 10 anos. Outros 18%, há pelo menos 5 anos.
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Já o fluxo de novos moradores apresentou uma redução quando comparado com os dados da última edição do levantamento: em 2021, 15,5% dos usuários estavam no local entre um mês a um ano, e em 2019 a porcentagem era de 19,9%.
A quinta edição do Levantamento de Cenas de Uso em Capitais foi realizada durante o ano de 2021 e mostrou que pelo menos 1.343 pessoas passam pela região ao longo do dia.
Ainda de acordo com o relatório, a maioria da população da Cracolândia é formada por homens (73,8%), de cor parda (47.7%) e solteiros (75,8%). O estudo também faz uma observação sobre a queda na população de transgêneros, de 7,5%, em 2019, para 3,7% em 2021.
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Já sobre a situação do usuário antes de ir para o local, é visto que 73% morava com a família e apenas 8% já estavam em situação de rua. Dessas pessoas que relatam que moravam com seus familiares, 42,3% referem ter ido para cena de uso devido a conflitos pelo seu uso de drogas, 32,0%, devido a conflitos pelo uso de drogas por familiares, 7,7% relacionam a extrema pobreza, e 6.6%, devido à violência doméstica.
Quando perguntados sobre os motivos para frequentar a região, 53% dos entrevistados citam o fato da disponibilidade do crack ser maior nela, e 38,5% falam sobre o preço da droga ser mais barato.
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