Comandante defende Forças Armadas "apolítica" e "apartidária"
Em discurso, general Tomás Ribeiro Paiva cobrou dos militares respeito ao resultado das urnas
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O comandante militar do Sudeste, general Tomás Ribeiro Paiva, defendeu a despolitização das Forças Armadas e o respeito ao resultado das urnas. Em cerimônia, na última 4ª feira (18.jan), ele afirmou que os militares devem cumprir sua "missão", independentemente de quem esteja no comando.
"Ser militar é isso. É ser profissional; é respeitar hierarquia e disciplina; é ser coeso; é ser íntegro; é defender a pátria; é ser uma instituição de Estado; apolítica, apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito", afirmou o comandante.
Ribeiro Paiva argumentou que os militares, como indivíduos, têm o direito de manter suas próprias convicções e predileções políticas, mas que estas não devem se misturar ao seu papel como integrante das Forças Armadas. "Isso não significa que o cara não seja um cidadão, não possa exercer o seu direito, ter sua opinião. Ele pode ter, mas ele não pode manifestar", afirmou.
"Ele pode ouvir muita gente falando para ele 'faça isso, faça aquilo', mas ele faz o que é correto, mesmo que o correto seja impopular."
O general lembrou, ainda, que democracia pressupõe alternância de poder e cobrou respeito ao resultado das urnas. "Democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e também é o regime do povo. É o voto e, quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Esse é o papel de quem é instituição de Estado", concluiu.
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