Publicidade
Brasil

Atos em defesa da democracia são realizados pelo país

Manifestações acontecem um dia após ações de vândalos golpistas em Brasília

Imagem da noticia Atos em defesa da democracia são realizados pelo país
ato no masp
• Atualizado em
Publicidade

Manifestações em defesa da democracia estão sendo realizados em várias cidades do país nesta 2ª feira (9.jan), um dia após os atos terroristas em Brasília.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Em São Paulo, os manifestantes se concentram desde 18h em frente ao Masp, na Avenida Paulista. O ato é um repúdio às ações de bolsonaristas que vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Os manifestantes foram convocados pelas redes sociais, e pedem a não concessão de anistia aos golpistas que protagonizaram as cenas de barbárie em Brasília.

Além de São Paulo, os atos acontecem também no Rio de Janeiro, onde os manifestantes se reúnem na Cinelândia, tradicional ponto de manifestações na capital fluminense. Mato Grosso, Espírito Santo e Bahia também possuem concentrações a favor da democracia.

Juristas também se manifestam

Mais cedo, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, personalidades e alguns dos principais juristas do país também realizaram um ato em defesa da democracia, uma das primeiras reações da sociedade civil aos atos terroristas em Brasília.

A principal faculdade de direito do país mais uma vez virou palco da luta pela democracia. Centenas de pessoas lotaram o salão nobre para defender as instituições e os poderes.

"Devemos nos manter tranquilos, acreditando que nossas instituições continuarão funcionando, mas muito atentos aos acontecimentos", afirmou o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Os discursos manifestaram a necessidade de preservar o estado democrático de direito, ainda mais diante da barbárie que tomou conta de Brasília.

"É importante que toda comunidade jurídica fale em uníssono: é golpe, é crime!", afirmou Patrícia Vanzolim, presidente da OAB-SP.

Estiveram presentes não só juristas e estudantes de direito, mas também representantes da sociedade civil. Todos preocupados com a possibilidade de novos atos golpistas e enfrentamentos.

"A gente tem que fazer parte da história, e esse momento da história é dramático. A gente não pode ficar insensível, nem indiferente, nem em cima do muro", disse o padre Julio Lancellotti. 

Esse foi o segundo grande evento pela democracia convocado pela Faculdade de Direito da USP recentemente. Em agosto do ano passado, milhares de pessoas se manifestaram em defesa do sistema eleitoral. Na ocasião, foi lida uma carta assinada por mais de 1 milhão de pessoas e endossada por mais de 100 instituições.

A principal linha de atuação a partir de agora, na visão dos juristas, é a punição exemplar, no rigor da lei, não só de quem participou da invasão de Brasília, mas das pessoas que ajudaram a financiar antos golpistas, e também de quem, muito antes da invasão deste domingo, mobilizou parte da sociedade brasileira em favor de atos antidemocráticos.

"Deu pra ver nitidamente que isso não foi um ato fruto de uma simples manifestação. Foi um ato muito bem organizado, planejado, com uma dinâmica própria. Então tem muita gente que pode ser responsabilizada para além de quem estava na linha de frente", afirma Ana Elisa Bechara, vice-diretora da FADUSP.

Leia também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade