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RJ: mais uma mulher acusa anestesista de abuso durante parto

Vítima foi atendida por Giovanni Quintella no mesmo dia em que ele foi gravado estuprando uma paciente

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anestesista Giovanni Quintella Bezerra preso
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A anestesia foi tão forte que deixou a mulher desacordada durante todo o parto. As poucas lembranças que ficaram são marcadas pela dor.

"Muita revolta, tristeza... porque é um momento especial, né, da gente, mulher, que está passando por isso. Está ali, querendo ver seu filho e tal. E aquela revolta, né?", conta a vítima que prefere não ser identificada.

A paciente lembra ainda que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra mentiu ao se apresentar para ela: "deu o nome dele, falso. Ele não se apresentou com o nome dele; deu o nome de Iago".

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Quando despertou, a mulher desconfiou ao ver o anestesista com o celular na mão. "Ele falou sobre a minha tatuagem, perguntou se era uma tatuagem ou um carimbo. Depois, eu apaguei. Acordei com ele tirando 'tipo' uma selfie, não sabia se era selfie ou se ele estava filmando, quando eu olhei para cima", acrescenta a vítima.

Na foto, a mãe aparece com o bebê no colo, logo após a cesárea. O médico aparece na imagem também. A mulher foi a primeira paciente sedada por Giovanni no dia em que ele foi flagrado abusando sexualmente de uma outra grávida.

Para o advogado da vítima, ela também foi estuprada. "Juntando o que ela lembra, com aquilo que nós vimos no depoimento da equipe médica, ficou constatado ali o abuso realizado por ele, quando começou a primeira cirurgia do dia, que foi a da minha cliente", afirma o advogado Joabs Sobrinho.

Em depoimento à polícia, um dos enfermeiros relatou que alguém da equipe chegou a ver Giovanni com o órgão sexual para fora da calça durante a primeira cesárea do dia. Foi então que os funcionários decidiram gravar as cirurgias. Em uma delas, conseguiram registar o médico forçando sexo oral na vítima por dez minutos, enquanto ela estava anestesiada.

A polícia investiga, pelo menos, 40 casos de mulheres que podem ter sido abusadas pelo anestesista. Por enquanto, apenas aquele em que houve o registro em vídeo começou a ser julgado. A primeira audiência aconteceu nesta 2ª feira (12.dez).

"A gente espera que a Justiça, a assistência de acusação e o Ministério Público, seja feita. É o que ela espera todo dia. Porque ela está realmente muito abalada, é uma situação muito complicada, é uma situação muito difícil", diz o advogado da vítima, Francisco Bandeira.

Por ser tratar de crime sexual, o processo corre em segredo de Justiça. Ainda serão ouvidos os peritos, as testemunhas de defesa e o réu, que está preso preventivamente e vai acompanhar os próximos depoimentos por vídeoconferência.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro informou que um processo contra Giovanni corre no órgão, e que el está impedido de exercer a profissão.

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