Venda de carros novos cresce quase 18% em novembro, indica Anfavea
Associação destaca que desempenho poderia ser ainda melhor se não fossem as altas taxas de juros
Cheiro de carro novo no ar! Depois de um período em que os veículos usados viraram os protagonistas nas vendas, hoje as concessionárias comemoram a volta dos compradores de carros zero.
"Houve uma movimentação durante a pandemia, com os veículos semi-novos, uma valorização, em função de não ter produtos zero quilômetro a pronta entrega... minguava o mercado. Hoje, não acontece isso. Hoje, tem chip, hoje tem produção, hoje tem carro a pronta entrega", explica o gerente regional de uma concessionária, Ricardo Toscano.
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Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos, a Anfavea, as vendas no mês de novembro cresceram quase 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mas, no acumulado do ano, ainda estão abaixo do resultado de 2021.
Já a produção cresce sem parar: 215 mil carros foram produzidos em novembro, quase 5% a mais do que no mesmo período do ano passado.
As vendas só não acompanharam o crescimento da produção por causa, entre outros motivos, dos altos juros que encarecem o financiamento. Não atoa, 7 entre 10 clientes que compraram veículos, em novembro, pagaram à vista.
"Esse cenário de 70% de venda à vista é exatamente o oposto do que ocorria 3, 4 anos atrás. Antes, a produção era 70% de vendas a prazo e 30% de vendas à vista e isso, sem dúvidas, afasta esse consumidor desse mercado", afirma o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
A consequência é o envelhecimento da frota. Para recuperar os clientes que preferem os usados, as concessionárias pretendem oferecer melhores condições nesse final de ano.
"O cliente tem uma oportunidade, hoje, em função da disponibilidade de produto e da nossa vontade de vender", conclui o gerente Ricardo Toscano.
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