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Buscas continuam e há risco de novos deslizamentos na BR-376, no PR

Técnicos analisaram local da tragédia e procuram por vítimas com drones, guinchos, cães farejadores e equipes de resgate

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A chuva não dá trégua no local onde um deslizamento de terra interditou a BR-376, em Guaratuba (PR), e matou pelo menos duas pessoas. Guinchos, drones com câmera com identificação térmica para encontrar sinais de vida, cães farejadores atuam no local desde 2ª feira (28.nov), data da tragédia. Há riscos de novos deslizamentos e a pista da rodovia pode ceder, alertaram as autoridades federais e de estado reunidas no governo do Paraná, nesta 4ª feira (30.nov). 

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Dois corpos foram retirados dos escombros e seis foram retirados com vida, na altura do km 669 da BR-376, até a tarde desta 4ª feira (30.nov). Pelo menos 10 veículos de passeio e seis carretas foram atingidos, estima o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. Pelo menos 30 pessoas são consideradas desaparecidas.

"Na manhã desta quarta-feira, foi feita a avaliação da área pelos geólogos e engenheiros, a movimentação de terra para liberar os três veículos retirados de uma área de menor risco, a retirada do corpo da carreta e também dessa carreta", afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco.

Segundo ele, "as maiores dificuldades enfrentadas neste momento são por causa do mau tempo, com a previsão de um aumento no volume de chuvas. A situação na área, que já é de risco, tende a piorar nos próximos dias se continuar assim".

O governo do Paraná formou uma força-tarefa entre as autoridades de estado e federais, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e criou um gabinete de crise. As secretarias estaduais de Segurança Pública e da Infraestrutura e Logística coordenam os trabalhos. 

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Superintendente da PRF no Paraná, Antônio Paim Jr. |  Albari Rosa/AEN

O superintendente da PRF no Paraná, Antonio Paim Júnior, afirmou que foi o maior evento trágico na BR-376 desde 2011 -  quando também houve queda de barreira. "Para se ter uma ideia, uma situação dessa não existe expectativa a tanto material derramado. Tivemos uma situação assim em 2011, que foi tão expressiva como dessa vez. Queda de barreira, deslizamento, é uma situação que pode acontecer, mas com essa expressividade aconteceu há 11 anos." 

Paim disse que não previsão de liberação da rodovia. "A concessionária e todas as forças de segurança estão nesse trabalho. Nesse momento desaconselhamos os deslocamentos nesse local, ou buscar alternativas. Sabemos da necessidade de circulação, mas isso só vai acontecer com segurança e com aval dos técnicos."

Riscos

Há riscos de novos deslizamentos, alertaram as autoridades. Segundo o secretário da Segurança Pública do Estado, Wagner Mesquita, e o coordenador da Defesa Civil, Fernando Schunig, ainda há possibilidade de novos incidentes.
"Por conta do excesso de chuvas, uma grande massa de terra causou esse grave deslizamento, e ainda há risco de novos desmoronamentos no local", explicou o coordenador estadual da Defesa Civil. "Vamos trabalhar intensamente para que esse trecho volte a receber toda a segurança necessária."

A concessionária Arteris Litoral Sul, que administra a BR-376, informou na data da tragédia que o local é constantemente monitorado e "não apresentava risco" de deslizamento. 

"A Arteris Litoral Sul ressalta que possui um programa permanente de monitoramento de encostas. O ponto em que aconteceu o deslizamento é monitorado periodicamente e não apresentava risco."

A concessionária informou ainda que "o resgate de possíveis vítimas é a prioridade máxima da concessionária neste momento"

Vítimas

A Polícia Científica conseguiu confirmar a identidade de uma das vítimas. Familiares de João Maria Pires, de 60 anos, natural de São Francisco do Sul (SC), foi comunicada. O corpo da segunda vítima vai passar por perícia no Instituto Médico Legal (IML). "A primeira vítima passou pelo exame pericial, foi identificada pelas equipes de papiloscopia e já foi contatada a família", disse o diretor-geral da Polícia Científica, Rodrigo Grochocki.

Segundo o comitê de crise, até esta 4ª feira, 19 pessoas tinham entrado em contato com a Central de Atendimento da Polícia Científica, no telefone (41) 3361-7242, para passar a informações. O serviço funciona 24 horas.

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