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Brasil

Queijo Minas Artesanal pode ser um patrimônio cultural da humanidade

Representantes de 24 países, vinculados à Unesco, estão reunidos no Marrocos para decidir

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Queijo
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O Queijo Minas Artesanal pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O produto foi levado a Rabat, no Marrocos, onde representantes de 24 países estão reunidos no Comitê Intergovernamental para Salvaguarda. A expectativa é que o anúncio seja dado na 6ª feira (2.dez), data reservada para confirmação dos novos patrimônios que ficarão como símbolo da humanidade.

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A ONU considera que os patrimônios podem ser "práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas -- com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados -- que comunidades, grupos e, em alguns casos, os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural". Além disso, precisa ter uma característica específica, transmitida de geração em geração e ser constantemente recriado pelas comunidades, contribuindo para promover "o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana".

Seriam atributos do queijo mineiro? É o que o estado de Minas Gerais e a Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais (Amiqueijo) tentam provar.

"Queijo Minas Artesanal o queijo confeccionado a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem, que apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas", diz a lei estadual que protege a iguaria.

Thales Fernandes, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, diz que "o Queijo Minas Artesanal passou por um longo processo de legalização, de discussão entre os setores produtivos e as entidades públicas, junto a todas as cadeias do segmento, para chegarmos a esta qualidade mundialmente reconhecida".

Os organizadores levaram ao evento uma exposição e um workshop sobre os tipos e maneiras de processar os queijos. Mas, quem não quiser aprender, claro, também pode apenas degustar à vontade o sabor e textura originais brasileiros.

Nosso país tem seis reconhecimentos de patrimônio cultural imaterial:

  • Arte indígena Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi (desde 2003)
  • Samba de Roda do Recôncavo Baiano (desde 2005), o Frevo (desde 2012)
  • Círio de Nossa Senhora de Nazaré (desde 2013), a Roda de Capoeira (desde 2014)
  • Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão (desde 2019)
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