RJ: sobe para 16 o número de mortes durante operações em comunidades
Um homem desaparecido está entre as vítimas. Oito localidades são alvo dos PMs
Renata Igrejas
O número de mortes durante operação da Polícia Militar contra roubo de cargas, veículos e o tráfico de drogas, que teve início nesta 6ª feira (25.nov) em comunidades do Rio de Janeiro (RJ), sobe para 16.
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A irmã de Guilherme Villar, de 19 anos, procurava pelo irmão após o início das operações no complexo da Maré, zona norte do Rio. Neste sábado (26. nov), ela descobriu que ele tinha sido morto através de um atestado do Instituto Médico Legal (IML). Segundo a família, a vítima era inocente.
"Os policiais encurralaram eles dentro da casa, deram facadas. Acabei de pegar o atestado de óbito do meu irmão, foi perfuração no pulmão com faca e o policial 'da BOPE' tinha dito para mim que ele tinha sido baleado." relatou a irmã da vítima.
Helicópteros e veículos blindados foram utilizados durante a operação. Para evitar mais confrontos, o policiamento foi reforçado. Segundo a PM, Mário Silva Ribeiro Leite, conhecido como "Mário Bigode", um dos chefes do tráfico de drogas da região, foi morto.
Em Niterói, três pessoas morreram e duas ficaram feridas no morro do Estado. Segundo a polícia, ataques de traficantes foram revidados pelos agentes.
Para um professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, faltam ações de inteligência para a polícia. "Uma ação correta deve ser estratégica, no sentido de investigação. Não precisa de operação militarizada" relatou Dorian Borges.
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