Brasil reforça vigilância à gripe aviária após surtos no Peru e Colômbia
Departamento de Saúde Animal revisa orientações com agroindústrias para evitar o vírus nas granjas
Pablo Valler
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reforçou medidas de prevenção contra a Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP-vírus H5N). A Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do Departamento de Saúde Animal, lançou um novo plano de vigilância e notificação e revisou as orientações com as agroindústrias.
O motivo é a proximidade com que tem sido encontrados novos focos da doença.
O Peru confirmou nesta 4ª feira (16.nov) que aves marinhas, mais especificamente pelicanos, estão sendo diagnosticados. O Serviço Nacional de Sanidade Agrária do Peru ordenou vigilância cíclica nas granjas, para evitar uma proliferação. Também pediu à população que evite manejar aves mortes, de qualquer espécie.
A Colômbia constatou há um mês a doença em aves criadas em quintais.
As localidades são distantes dos polos agropecuários do Brasil. Mas, a vigilância do Mapa e a observação dos produtores rurais se fazem necessárias porque aves silvestres migram grandes distâncias e podem trazer o vírus a qualquer momento, orienta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
"O trabalho realizado tem como objetivo minimizar o risco de ocorrência da doença no País, considerando a situação mundial da influenza aviária e a disseminação do vírus, principalmente por aves silvestres", explicou Geraldo Moraes, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa.
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