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Polícia Rodoviária Federal diz que a crise escalou de forma rápida

Corporação foi questionada sobre falhas no setor de inteligência

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Rodovia
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Criticada como passiva diante das manifestações antidemocráticas de bolsonaristas, que bloqueiam rodovias por todo o país, a Polícia Rodoviária Federal concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta 3ª feira (1º.nov).

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Na mesa composta por sete inspetores, o responsável pelas operações, Djairlon Henrique Moura, defendeu que o trabalho de liberação das vias começou já no domingo, dia 30 de outubro, quando surgiu a primeira manifestação em Mato Grosso do Sul, logo após o resultado oficial das eleições.

"Todas as folgas foram suspensas e equipes tiveram seus horários de trabalho alterados para acompanhar as ocorrências. Quatro horas depois estávamos no local", disse Moura, que também falou sobre a dificuldade em acompanhar o problema por ter "escalado rapidamente. À meia-noite já existiam 111 pontos".

Questionados sobre o porquê alguns pelotões simplesmente acompanhavam e não desobstruíam as rodovias, Marco Antônio Territo de Barro explicou que "a PRF tem que agir com bastante parcimônia, iniciando com diálogo, e depois é que a gente tenta outras medidas. Como medida proibitiva, mediadas judiciais, até mesmo culminado com a força de choque. Mas, isso acontece em últimos casos. A gente está utilizando todos os meios possíveis, incluindo outras forças de apoio".

Ainda assim, a PRF assumiu -- sem precisão -- que há dois ou três casos de policiais com denúncias de negligência, ou até apoio aos manifestantes. "Não foram afastados de suas funções. Por enquanto, apenas orientados, mas já são investigados pela corregedoria", garantiu Territo.

No dia seguinte, 24 horas depois, a PRF cnsidera que houve o ápice das manifestações, quando contou 421 bloqueios. Já nesta 3ª pela manhã, 306 pontos foram liberados, conforme os inspetores. Até esse momento, 182 autuações administrativas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, foram aplicadas a caminhoneiros, que podem gerar multas de R$ 5 mil a quase R$ 18 mil.

A PRF também foi questionada se identificou lideranças no movimento. A resposta foi "não, devido à dificuldade da operação". Por fim, os agentes fizeram questão de dizer que são contra os protestos. "A gente sabe a importância para a economia, para a distribuição de alimentos e o direto de ir e vir dos cidadãos".

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