"Lugar de racista é na cadeia": protesto apoia humorista Eddy Junior
Elizabeth Morrone foi flagrada xingando humorista em prédio em SP. Manifestantes pedem punição a mulher e filho

SBT News
Durante o protesto em apoio ao humorista Eddy Junior e contra a racista Elisabeth Morrone, palavras de ordem contra um crime inafiançável e covarde. A manifestação foi realizada na noite de 5ª feira (21.out) e reuniu dezenas de pessoas e personalidades na frente do edifício, na zona oeste de São Paulo (SP).
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O grupo pedia a punição da criminosa e do filho dela, Marcos Vinícius Morrone, flagrado segurando uma faca na porta do apartamento do humorista em setembro. A mulher foi filmada por Eddy proferindo ofensas racistas, dizendo que não usaria o mesmo elevador que ele, além de xingá-lo. A racista também foi vista, no mês passado, segurando uma garrafa, junto ao filho, em ameaça a Eddy.

Frases foram projetadas na parede do prédio e manifestantes carregavam cartazes com palavras de ordem. O grupo pediu mais rigor nas investigações e ordenou: "fora racista!". Moradores do condomínio demonstraram apoio piscando as luzes do apartamento e alguns desceram para protestar com o grupo.
"Nossa sociedade está doente", diz humorista Paulo Vieira Jr.
Para o empresário e influenciador Roger Cipó, o crime é inadmissível. "Esse ato é um recado. É inadmissível que esse país não se revolte contra as violências que as pessoas negras sofrem aqui desde a escravização, desde a colonização. E a gente vai brigar pra viver. Foi uma tentativa de homicídio motivada pelo racismo", afirmou.
"O movimento negro tem força, e daqui para frente vai ser assim. Na hora que tiver algum ato de racismo a gente vai estar lá e vai mostrar para eles que lugar de racista é na cadeia", completou o educador e músico Regis Ferraz O ato também contou com a presença dos advogados Djeff Amadeus e Ewerton Carvalho - "A gente está aqui apenas para que a lei seja cumprida", disse o defensor -, e do humorista Yuri Marçal.

"Isso prova como está a nossa sociedade está doente, porque se as pessoas têm a cara de pau de fazer isso com uma pessoa pública, imagina o que eles não fazem com as pessoas comuns", afirmou o humorista Paulo Vieira Jr., que foi ao ato em apoio ao amigo.
Segundo a defesa de Eddy Junior, um novo boletim de ocorrência foi registrado como difamação, calúnia, injúria e racismo, que é um crime inafiançável. Moradores e funcionários do prédio devem ser ouvidos nos próximos dias. Ainda não há a confirmação de depoimentos da racista e do filho. O humorista saiu do apartamento.
Além do caso flagrante de racismo, Elizabeth Morrone fez falsas reclamações em e-mails e registros sobre Eddy Junior, analisadas e consideradas improcedentes pelo advogado do condomínio. A criminosa se queixava de supostas situações, como gás cortado, animais e barulhos no apartamento do humorista, mesmo quando Eddy não estava no local.
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