Escolas públicas brasileiras são finalistas em prêmio internacional
Projetos do Rio Grande do Sul e de Pernambuco se destacaram na educação
Luciane Kohlmann
Duas escolas públicas brasileiras são finalistas em um prêmio internacional de educação. No Rio Grande do Sul, uma delas se destacou pelo modelo de gestão comunitária.
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Apesar da pouca idade, eles já tomam grandes decisões, e através do voto, conquistam mudanças na rotina escolar, como melhorar a higiene dos banheiros.
Uma vez por mês, sem o professor, os alunos definem em sala de aula necessidades da turma. Em uma, por exemplo, querem um bebedouro no andar e a pintura dos balanços. As demandas maiores, que exigem uma discussão mais ampla, são encaminhadas pra conferência anual.
Desde 2013, a Escola Municipal Professora Adolfina Fiefenthäler, em Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre, tem uma gestão democrática. Pais, funcionários e professores também realizam assembleias. A instituição, que atende a 700 alunos, se tornou finalista na categoria "Colaboração da Comunidade", do prêmio britânico "World's Best School" (melhor escola do mundo em português), que reconhece as melhores práticas de educação em todo o planeta.
"É colocar a escola pública no topo do mundo. É um projeto que em qualquer lugar do mundo pode ser implementado", afirma Andrea Zimmer, diretora da escola.
Além da iniciativa gaúcha, a escola de referência em ensino fundamental Evandro Ferreira dos Santos, de Cabrobó, no sertão de Pernambuco, é finalista na categoria "Superação da Adversidade". A direção identificou que muitas mães de alunos não conseguiam ajudar os filhos nas tarefas da escola, pois abandonaram os estudos para trabalhar.
"Estamos sendo reconhecidos internacionalmente e nacionalmente pelo projeto de alfabetização de mães, que tem mudado a vida dessa comunidade", conta Elineide Alves, diretora da escola.
O resultado será conhecido nesta 4ª feira (19.out). Os vencedores ganham o equivalente a R$ 260 mil.
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