Lojistas projetam oferecer menos vagas temporárias no fim desse ano
Comércio não espera movimento de anos anteriores. Inflação faz consumidor gastar só com itens básicos
Guilherme Rockett
A Confederação Nacional dos Diretores Lojistas (CNDL) calcula que 95 mil vagas de emprego temporário serão criadas para as vendas de fim de ano. Dez mil a menos que em 2021, quando surgiram quase 106 mil vagas. A explicação está na inflação, com o alto custo de vida, os brasileiros estão garantindo apenas os itens básicos.
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As recentes quedas nos preços dos combustíveis não estariam gerando um efeito acumulativo, chegando ao comércio de roupas e calçados, por exemplo. "Não faz tanta diferença para maioria das pessoas", diz Merula Borges, coordenadora financeira da CNDL.
No Rio Grande do Sul, uma rede com 10 lojas de roupas femininas costuma contratar 30 funcionários sempre que chega dezembro. Para esse ano, os próximos três meses devem gerar 15 vagas. A lojista Alessandra Matos conta que a realidade mudou: "Antes da pandemia a gente contratava muito mais temporários né. Após a pandemia a gente está tendo um pouco mais de cautela para contratação".
Ainda assim, para quem conseguir uma vaga temporária ainda pode se dedicar a ponto de ser efetivado. Como aconteceu com a vendedora Dandara Brasil, que começou em uma vaga temporária há quatro anos: "No final de dezembro fui efetivada. Tô até agora".
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