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Ministério da Saúde descarta caso suspeito de pólio no Pará

Pasta admite que a vacinação contra a paralisia infantil está bem abaixo do previsto em todo país

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vacinação contra pólio
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O Ministério da Saúde descartou, nesta 6ª feira (07.out), um caso suspeito de poliomielite no Pará. A suposta contaminação seria em uma criança de 3 anos, internada em Santo Antônio do Tauá, a 60 quilômetros de Belém.

Exames haviam detectado vestígios pelo vírus da pólio nas fezes do menino, que teve paralisia aguda. De acordo com o Ministério da Saúde, o caso ocorreu devido a um erro vacinal.

O correto é aplicar, por injeção, a vacina inativa, primeiro, e o reforço da vacina atenuada, em gota, depois. O contrário, como foi feito no Pará, provocou a reação adversa, o que também é raro. O Ministério informou que a criança foi atendida e já está recuperando os movimentos.

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"O vírus vacinal, ele vai ser eliminado nas fezes durante muito tempo. Então, pode ser que esse vírus esteja coincidindo porque ele foi vacinado", explica o infectologista Lourival Marsola.

Mesmo sem nenhum caso confirmado de poliomielite, há mais de 30 anos, o Ministério da Saúde tem reforçado a importância da vacinação contra a doença. A adesão nacional, no entanto, chegou a apenas 62%, percentual bem abaixo da meta de 95% do público-alvo até 5 anos imunizado.

O ministro da Saúde manifestou preocupação com a cobertura vacinal aquém do necessário. "Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: levem as crianças menores de 5 anos aos postos de vacinação", declarou Marcelo Queiroga.

O integrante do Departamento Científico de Imunização da SBP, Ricardo Queiroz Gurgel destaca a importância de se atingir o percentual de vacinação contra a pólio no país. "É muito importante que um número grande, em torno de 95% da população, esteja vacinado, porque mesmo alguma que não tomou fica protegida, porque o vírus não circula",

Os imunizantes estão à disposição em postos de saúde. As crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da vacina oral, desde que já tenham recebido 3 doses injetáveis da vacina inativa aos 2, 4 e 6 meses de vida.

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