Vegetação natural diminui 513 mil km²; área agrícola, 230 mil km² a mais
Análise do IBGE é sobre período de 20 anos. Também há grande conversão de pastagem para lavoura
O Brasil perdeu 513,1 mil km² de vegetação natural entre 2000 e 2020. É o que mostra a inédita pesquisa do IBGE chamada Contas Econômicas Ambientais da Terra: Contabilidade Física. A vegetação campestre retraiu 10,6% ou 192,5 mil km². A vegetação florestal diminuiu 7,9% ou 320,7 mil km².
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Entre as expansões está a Silvicultura com 71,4% ou 36 mil km² a mais. Destaque também para Área agrícola, que aumentou 50,1%, com 229,9 mil km². A Pastagem com manejo cresceu 27,9%, um incremento de 247 mil km².
Coberturas
O país é coberto, principalmente, por Vegetação florestal. Embora a participação tenha reduzido de 46,2% para 42,5%. A Vegetação campestre diminuiu de 20,8% para 18,6%. Áreas manejadas cresceram. A Pastagem expandiu de 10,1% para 12,9% e área agrícola cresceu de 5,2% para 7,9%.
Conversões
Sobre as conversões de uso da terra. Área agrícola ganhou espaço. Com supressão de 98,4 mil km² de vegetação natural. Assim como foram abandonados 85,3 mil km² de Pastagem.
Estados
Entre as Unidades da Federação, a maior expansão das áreas de Pastagem foi no Pará: mais 87,8 mil km² em 20 anos. Em seguida vem Mato Grosso, com 45,9 mil km², e Rondônia, 35,9 mil km². Os três estados, na mesma ordem, tiveram as maiores reduções de vegetação natural, 123,3 mil, 97,8 mil e 40,8 mil km², respectivamente.
"Nota-se uma expansão das Pastagens com manejo se estendendo da Região Centro-Oeste para a Região Norte", explica a gerente da pesquisa, Ivone Lopes Batista. Já nas áreas agrícolas, as maiores expansões foram em Mato Grosso, com 56 mil km²; São Paulo, com 23,8 mil km²; e Goiás, com 21,3 mil km².
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