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Bolsonaro tenta mostrar força eleitoral com 7 de Setembro

Evento de 4ª feira promete mobilizar eleitores, mas aliados pedem cautela. Oposição será discreta

Bolsonaro tenta mostrar força eleitoral com 7 de Setembro
desfile cívico-militar na Esplanada
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Na próxima 4ª feira (7.set), o Brasil comemora o Bicentenário da Independência. Em Brasília, as Forças Armadas abriram as comemorações da Semana da Pátria com eventos culturais. No final de semana, festividades da "Exposição da Independência" levaram tanques de guerra e outros veículos ao Parque da Cidade e contou ainda com viaturas do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. Mas, paralelo ao tradicional desfile cívico-militar, o presidente Jair Bolsonaro pretende mobilizar eleitores e mostrar força a menos de um mês da eleição.

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No dia 7 de setembro, está previsto o tradicional desfile cívico-militar. A preocupação com a segurança já envolveu o Ministério Público, o Supremo Tribunal Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal que "vai colocar todo o efetivo policial de prontidão municiado com equipamentos para contenção de protestos como bombas de gás, de luz e som, além da cavalaria. E as folgas foram canceladas no feriado".

A Polícia Militar do Distrito Federal planeja organizar o maior esquema de segurança já montado em uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. Todo o efetivo foi convocado, as folgas foram suspensas. A PM-DF conta ainda com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional. A quantidade de agentes, porém, é considerada informação sigilosa. 

Com receio de eventuais tentativas de invasão, o acesso ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a prédios como o Palácio do Itamaraty e o Palácio da Justiça estarão bloqueados por meio de grades e agentes de segurança.

Bolsonaro não deve falar na cerimônia. Aliados diretos do presidente pedem cautela para que eventual agressividade não comprometa a campanha. Candidato à reeleição pelo PL, Bolsonaro resolveu concentrar os esforços (e outros apoiadores) em um ato no Rio de Janeiro, na Orla da Praia de Copacabana, que vai receber um palco para que lá, sim, Bolsonaro possa discursar.

No entendimento de especialistas, esse movimento de Bolsonaro leva em conta a expectativa de um maior apoio popular - já que no estado ele lidera as pesquisas de intenção de votos. Além disso, pode render imagens mais significativas para usar na campanha, sem falar das atrações das Forças Armadas, como os navios de guerra e os voos marcantes dos caças-aéreos inseridos em uma das praias consideradas mais bonitas no mundo.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve ir às ruas no feriado de 7 de setembro. A avaliação da equipe de campanha do petista é que o principal adversário, Bolsonaro (PL) deve inflamar os discursos nos atos e não valeria a pena Lula partir para esse embate. A ideia é que Lula e seus aliados promovam manifestações relacionadas ao Bicentenário da Independência nos dias seguintes ao feriado pelos estados ou um grande ato nacional no próximo sábado, dia 10 de setembro.

Também neste 7 de setembro, ocorrerão, em todos os estados do país, atos do Grito dos Excluídos, convocados pela Secretaria Operacional dos Comitês Populares.

"Não é um dia de festa, mas de luta pela verdadeira independência, sempre sufocada pelos donos da fortuna e do poder. Vamos às ruas, no Dia da Pátria, para colocar fim a um governo que manteve o país de joelhos, batendo continência à bandeira dos Estados Unidos e servindo aos grupos empresariais que assaltam as riquezas nacionais", diz a convocatória.

Já no dia 10 de setembro, movimentos populares e dos trabalhadores, como MST e MTST, realizarão atos em todo o país e convocam todos "que acreditam na democracia, na solidariedade, na convivência plural das diferenças, que almejam a superação da fome, do desemprego e das desigualdades e que tenham esperança e coragem de construir um futuro melhor".

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