Amazônia registra maior número de queimadas para agosto desde 2010
Grande parte dos 31,5 mil focos de incêndio foram captados em municípios do Pará e Amazonas
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O número de queimadas na Amazônia registrou recorde para o mês de agosto em 2022. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta 5ª feira (1º.set), foram contabilizados 31,5 mil focos de incêndio, o maior para o período desde 2010, quando foram registradas pouco mais de 45 mil queimadas.
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Entre os municípios com mais focos de incêndio estão Altamira (2.852), São Félix do Xingu (2.522) e Novo Progresso (1.957), todos no Pará. Em seguida, estão as cidades de Apuí (1.874) e Lábrea (1.565), no Amazonas, além de Porto Velho (1.547), em Rondônia. O cenário foi influenciado, sobretudo, pelo período mais seco nas regiões.
Outro fator relevante é o avanço das queimadas em terras públicas. Do total de focos de calor, 13,8% ocorreram em Unidades de Conservação, e 5,9%, em Terras Indígenas. Além disso, mais de 10,6 mil queimadas, cerca de um quarto do total, ocorreram em florestas públicas não destinadas, o que, segundo ambientalistas, apontam indícios de grilagem.
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"Realizamos um sobrevoo de monitoramento de queimadas e desmatamento na região da Amacro (siglas de Amazonas, Acre e Rondônia), e flagramos o maior desmatamento da Amazônia no último ano: cerca de 8 mil hectares, equivalente a 11 mil campos de futebol queimando. Nunca tinha visto um desmatamento tão grande", afirma Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.