Censo 2022 já entrevistou quase 60 milhões de pessoas, mostra IBGE
Instituto divulgou primeiro balanço; levantamento começou em 1º de agosto e vai até outubro
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta 3ª feira (30.ago) o primeiro balanço da coleta do Censo Demográfico 2022 que começou em 1º de agosto e deve ir até o dia 31 de outubro. Segundo o Instituto, até a manhã de hoje, 59.616.994 pessoas, em mais de 20 milhões domicílios no país, já haviam sido entrevistadas.
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Até o momento, 47,8% da população recenseada eram homens e 52,2% eram mulheres. Destas, 36,51% estavam na região Nordeste, 35,51% no Sudeste, 11,87% no Sul, 9,44% no Norte e 6,67% no Centro-Oeste.
"Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente, não há indícios de que haja sub ou sobre enumeração de alguma idade", declara o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
Além disso, 450.140 de indígenas (0,77%) e 386.750 quilombolas (0,66%) já foram contados. "Mesmo sendo parcial, esse já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo essa investigação", analisa, Duarte.
Considerando os 452.246 setores censitários urbanos e rurais do país, 38,4% estão sendo trabalhados. O estado mais adiantado em termos de percentual de setores trabalhados é o Rio Grande do Norte (53%), seguido por Pernambuco (52,45%) e Distrito Federal (52,04%). Já os estados de Mato Grosso (21,81%), Roraima (25,75%) e São Paulo (29,63%) são os com menor percentual de setores trabalhados.
De acordo com o Instituto, a produtividade individual dos recenseadores está dentro do esperado.
"Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos".
Ainda assim, o IBGE admite que está enfrentando dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais. O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 51,2% do número de vagas.
"Onde o desemprego é menor, é mais difícil despertar o interesse das pessoas para trabalharem temporariamente como recenseador. Além disso, em alguns locais, por questões específicas, a coleta foi iniciada um pouco depois", esclarece Duarte.
Para resolver o problema, o IBGE tem lançado periodicamente editais de processos seletivos complementares. No momento, IBGE conta com 144.634 recenseadores em ação, 78,8% do total de vagas disponíveis.
Em relação ao tipo de questionário, 88,2% dos domicílios (17.697.415) responderam ao questionário básico e 11,8% (2.365.208) ao ampliado. A maior parte dos questionários (99,7%) foi respondida de forma presencial, sendo que 34.055 domicílios optaram por responder pela internet e 30.202 pelo telefone.
Identificação dos recenseadores
Os recenseadores estarão sempre uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181.
Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para fazer a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.