Operação da PF mira grupo criminoso formado por milicianos no Rio
Crimes investigados envolvem extorsão, planejamento de homicídios e corrupção ativa
Camila Stucaluc
A Polícia Federal realiza, nesta 5ª feira (25.ago), a operação Dinastia, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa formada por milicianos no Rio de Janeiro. Mais de 120 agentes cumprem 23 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão, todos na região da zona oeste da cidade.
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Segundo o Ministério Público do Rio, a quadrilha era chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. As investigações revelaram posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), comércio ilegal de armas de fogo e corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança.
Além disso, foram identificados diversos homicídios, que eram planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais, que integram a milícia comandada por Danilo Dias, conhecido como "Tandera". No contexto, também foi identificado uma sessão "exclusiva" dos integrantes do grupo para levantar os dados pessoais dos alvos que deveriam ser "abatidos".
"A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de taxas de comerciantes e prestadores de serviço que empreendiam nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos", informou o ministério.
+ 83% da população defende que apenas agentes de segurança andem armados
Os suspeitos são investigados por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, além de extorsão e corrupção.