Justiça nega recurso para suspender a cassação do mandato de Ney Santos
Prefeito de Embu das Artes oi punido por publicidade ilegal e abuso do poder econômico nas eleições
SBT News
A Justiça Eleitoral negou recurso do agora ex-prefeito de Embu das Artes, na Grande São Paulo, Ney Santos (Republicanos), para suspender a cassação de seu mandato. O político foi punido por publicidade ilegal e abuso do poder econômico nas eleições de 2020.
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Nesta 3ª feira (16.ago), o presidente da Câmara dos Vereadores, Renato Oliveira (MDB) tomou posse como prefeito interino da cidade em uma tumultuada sessão e apoiou o amigo cassado.
"Faço votos que o prefeito Ney Santos e o vice Hugo Prado, com a benção de Deus e com a justiça verdadeira sendo feita, retomem ao seu cargo e possa assumir novamente a prefeitura", disse Renato Oliveira.
Sorrindo, Ney Santos publicou um vídeo nas redes sociais dizendo: "vamos recorrer, temos certeza que Deus vai nos devolver o mandato que a população nos confiou".
O agora ex-prefeito é um antigo conhecido da polícia e do Ministério Público, que o acusam de ter ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC. Ney Santos foi cassado por publicidade ilegal e abuso do poder econômico. Então candidato à reeleição, ele distribuiu revistas, em 2020, com supostas ações da prefeitura para impulsionar a campanha.
A saída do prefeito, porém, não resolve muita coisa, já que o presidente da Câmara Municipal, que assumiu a Prefeitura, também foi cassado pela Justiça Eleitoral em primeira instância e está recorrendo da decisão. Renato Oliveira é acusado de ter oferecido, durante a campanha, atendimento médico em troca de votos.
Ele mesmo publicou os vídeos com o atendimento considerado ilegal. O tal médico não tinha CRM e está respondendo por exercício ilegal da medicina.
Renato Oliveira também é acusado de tentativa de homicídio. Em 2017, segundo a Promotoria, ele tentou atropelar e matar um jornalista que estava em uma moto. Ele foi mandado a júri popular, mas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguarda a decisão em liberdade.
Há dois meses, o agora prefeito foi o protagonista de um vexame daqueles, no Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, aparentando estar alcoolizado, ele foi agressivo e preconceituoso com funcionários de um condomínio de luxo, sendo retirado à força da piscina por um policial e levado pra delegacia.
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