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Brasil

'Vi minha mãe chorando', diz menino que pediu comida à polícia

Miguel Barros, de 11 anos, ligou para o 190; ele, os irmãos e a mãe sobreviviam a base de água e fubá

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Criança que ligou para o 190 para relatar falta de comida em casa abraça a mãe após repercussão do caso
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"Oi sua policial. É que aqui em casa não tem nada para a gente comer. Minha mãe só tem farinha e fubá". Foi assim que Miguel Barros, de 11 anos, expôs a situação que afligia a ele, seus cinco irmãos, e a mãe, Célia Arquimino Barros, de 46 anos, há dias. Desde então, sua história tem gerado comoção e sensibilizado centenas de pessoas.

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Morador de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o menino conta que dediciu fazer a ligação para o 190 quando chegou em casa, na última 3ª feira (2.ago), e flagrou a mãe chorando. A família estava sobrevivendo a base de água e fubá.

"Eu não tinha mais saída. Foi quando o Miguel falou 'mãe, eu sei quem vai ajudar a gente: a polícia' ", lembra Célia, que, desde então, vê as prateleiras da casa encher com mantimentos doados. As primeiras doações chegaram com os próprios agentes que atenderam o chamado. 

Segundo o tenente Nilmar Moreira, "o chamado causou espanto" pela idade e pelo fato da criança estar sem comer. A guarnição, inclusive, chegou ao local suspeitando de maus-tratos, mas encontrou uma casa limpa e arrumada e crianças bem cuidadas. Aos policiais, a mãe confidenciou que a família passava por dificuldades financeiras. 

Mãe solo, ela é beneficiária do auxílio emergencial, e não pode trabalhar porque não consegue vaga para os filhos nas unidades municipais de Educação Infantil (Umeis). "Eu queria trabalhar para poder fazer o melhor para os meus filhos, mas, no momento, eu não tenho onde colocar eles", afirma. 

"Para a gente que é mãe é desesperador, você ter que mexer no lixo para procurar algo para eles comerem, ter que pedir para alguém e baterem a porta na sua cara 'vai trabalhar' , lamenta a mãe.

Sensibilizados com a situação, os agentes se uniram para comprar uma cesta básica para a família. Mas ao compartilhar a história com o dono do mercado, foram surpreendidos por mais um gesto de solidariedade. O homem doou os mantimentos. Logo a história se espalhou e mobilizou centenas de pessoas nos últimos dias. 

Quem desejar contribuir, pode entrar em contato o 35º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, no telefone (31) 3244-9656. Moradores da região também podem entregar doações no local. 

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