Motorista de carro que explodiu durante abastecimento morre no Rio
Esposa da vítima também foi atingida pela explosão, mas já recebeu alta
Liane Borges
Morreu nesta 4ª feira (27.jul) o motorista do carro que explodiu durante o abastecimento de gás natural em um posto de combustíveis do Rio de Janeiro. Mário Magalhães da Penha, de 67 anos, foi internado em um hospital e morreu durante a madrugada. A esposa dele ficou em observação e teve alta.
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Desde o episódio, na manhã de 3ª feira (26.jul), o posto de combustíveis está interditado. O caso reacendeu as dúvidas sobre a segurança na conversão dos motores para receber esse tipo de combustível.
Uma análise preliminar realizada pela Federação Nacional de Inspeção Veicular (Feniv), logo após o acidente, apontou que o cilindro que explodiu não era o mesmo que havia sido vistoriado no ano passado, e que o equipamento teria sido retirado de um veículo roubado.
A federação acredita que o reservatório tenha passado por um incêndio e, após ter sido repintado e adulterado, foi instalado no veículo, e ressalta que não é possível saber se o proprietário tinha conhecimento dos fatos.
O motorista precisa estar atento e fazer a instalação e manutenção somente em lojas credenciadas pelo Inmetro.
"O cilindro usado, ele pode ser, sim, colocado no carro, mas ele tem que ter um diagnóstico perfeito, tem que fazer um teste hidrostático, de cinco em cinco anos, pra ele se revalidar por cinco anos em seu veículo", explica Armando da Silva, dono de um estabelecimento que instala GNV.
No primeiro semestre deste ano, a conversão de motores para GNV cresceu 74% no país, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito. O motivo foi a alta no preço dos combustíveis. O kit-gás que envolve os cilindros, mangueiras e redutor de pressão tem preços que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil.
Só na cidade do Rio de Janeiro foram 6.112 instalações em junho, e o Procon interditou três oficinas que não seguiam as regras.
"Verifique se na nota fiscal está batendo o número de cilindro com o que está na numeração do cilindro. Faça a vistoria. A vistoria é de extrema importância que se faça anualmente", diz Celso Matos, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos (Sindirepa).
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