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Brasil

Curso de tecnologia para jovens da rede pública em São Carlos forma 1ª turma

Serasa Experian estima que em cinco anos vão faltar 800 mil profissionais para atuar em tecnologia e dados

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Alunos do curso
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Ana Alice está feliz da vida. Tem festa com data marcada e tudo! Ela e um grupo de 55 estudantes da rede pública de ensino da cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, são os primeiros a se formar no curso de capacitação técnica em tecnologia e dados promovido pela Serasa Experian. O projeto Transforme-se destina bolsas de estudos a jovens entre 16 e 21 anos que estariam " à margem das oportunidades", de acordo com os organizadores. "Eu nunca tinha pensado em trabalhar com tecnologia. Eu não tinha o básico do básico", comemora Ana Alice. 

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A cerimônia de formatura vai ser na 3ª feira (26.jul), mas a comemoração dos novos técnicos vai durar pela vida inteira. As aulas oferecem a chance de adquirir conhecimento e de encontrar atividade profissional especializada, num setor que tem acumulado alta procura por gente com capacidade técnica. "Nos próximos cinco anos, vão faltar cerca de 800 mil profissionais habilitados a atuar em tecnologia", projeta Roger Cruz, gerente corporativo da Serasa Experian.

A avaliação dos organizadores do curso é de que o desemprego entre jovens da faixa etária atendida pelo projeto chega aos 20%. E oferecer especialização a eles é um caminho para mudar as estatísticas. "A inserção dos jovens no mercado de trabalho é um desafio, e, quando se trata de grupos em situação de vulnerabilidade, as dificuldades podem ser ainda maiores", aponta Cruz.

Carreira

O desenvolvimento do Transforme-se acontece em parceria com o Senac de São Carlos: 300h de aulas teóricas e práticas em quatro meses de programa. Os resultados já estão aparecendo. No início do projeto, apenas 12% dos jovens estavam empregados. O número saltou mais de 5 vezes antes da turma terminar as atividades em sala de aula. Ou seja, mais da metade dos meninos e meninas já arranjaram colocação. Não é à toa que novas turmas estão sendo planejadas. A próxima, já definida, é destinada às mulheres.

É por essas e por outras que, aos 18 anos, a Ana Alice tem certeza de que o curso representa mais do que aprendizado. Para ela e para a família. Uma tia viu o anúncio do projeto pelas redes sociais. Bola quicando na área pra jovem mudar de vida. "Aprendi a montar sites. Minha mãe é diarista e sempre me incentivou a estudar já que ela não teve essa possibilidade", revela Ana Alice. 

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