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Covid: média de casos no Brasil aumentou 4 vezes em um mês

Para conter o avanço do vírus, Conselho Nacional de Saúde lançou uma campanha incentivando a vacinação

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pessoas com máscara nas ruas
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A média móvel de casos de covid-19, no Brasil, aumentou 4 vezes em um mês, segundo dados do Ministério da Saúde. Por dia, são registrados cerca de 370 mil casos no país.

No entanto, segundo especialistas, o número de real de infectados no país tende a ser bem maior. Isso porque nem todos os resultados positivos entram nas estatísticas do governo. No caso do autoteste, por exemplo, quem está com covid-19 não é obrigado a informar a nenhuma autoridade de saúde.

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Para o infectologista Renato Grinbaum, o crescimento no número de casos pode indicar a chegada de uma nova da pandemia no país. "Nós estamos vivendo uma nova onda, gerada por uma variante que consegue escapar a uma parte das defesas que a gente tem. É uma coisa esperada, que vai acontecer anualmente, nós vamos conviver com isso", afirma o especialista.

As mortes provocadas pelo coronavírus também voltaram a subir. No início do mês, a média era de 98 óbitos por dia. Menos de 20 dias depois, o número saltou para 162. Isso porque, segundo o infectologista, existem pessoas que, mesmo vacinadas, ainda estão em risco.

"São os idosos, os obesos, as pessoas com infecções cardiopulmonares... então, essa infecção vai gerar um número de óbitos nos seus períodos de pico. Junte-se a isso, tem pessoas que não tomaram a vacina", explica o médico Renato Grinbaum. 

Para tentar rever a curva de crescimento dos casos, o Conselho Nacional de Saúde lançou, nesta 4ª feira (29.jun), a campanha 'Vacina Mais', para incentivar a imunização contra a covid-19 e outras doenças, como a gripe e o sarampo.

"A vacinação mantém a população saudável e ajuda a eliminar doenças, como nós, da região das Américas, fizemos a eliminação da polio, do controle do tétano", declarou a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, durante o evento.

Depois de ser infectada duas vezes, a bióloga Amanda Wanderley, que só havia tomado as duas doses da vacina contra o coronavírus, percebeu que era preciso completar o esquema vacinal. "Tenho parentes que estão com sequelas desde o ano passado. A gente não pode brincar, achar que já passou, que é aquela gripezinha", ela conclui.

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