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Servidora denuncia ter sido vítima de racismo em shopping de Porto Alegre

Mulher conta ter sido abordada por seguranças de uma loja após provar roupas

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Uma servidora pública federal denunciou ter sido vítima de racismo em uma loja dentro de shopping, localizado em um bairro nobre de Porto Alegre. O caso aconteceu no dia 08 de junho e foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento.

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As imagens mostram o momento em que a mulher, que é negra, é abordada por um segurança da loja Decathlon, no Shopping Iguatemi de Porto Alegre. A servidora chega a abrir a bolsa para "provar" que não estava furtando peças de roupas.

Segundo a vítima, que prefere não ser identificada, a intimidação começou enquanto ela provava calças. "Experimentei várias, fui no provador, deixei, peguei mais duas, experimentei. E daí, joguei em um cestinho, que na Decathlon tem uns cestos, aí já vi que esse segurança já estava em olhando", ela relata.

A mulher conta ainda que chegou a reclamar com o gerente da loja a respeito da postura dos seguranças. O funcionário, por sua vez, declarou que "como loja, só tenho que pedir desculpas para a senhora, na verdade, não tem muito o que fazer".

Revoltada, a vítima foi até uma Delegacia de Combate à Intolerância registrou um boletim de ocorrência por racismo. A polícia já intimou os envolvidos para prestar depoimento. "Ela alega que teria sido perseguida dentro da loja, o que a gente chama de hipervigilância e, com relação a hipervigilância, caracteriza com certeza o crime de racismo", explica a delegada responsável pelo caso, Andrea Matos.

A advogada da servidora afirma ter assistido a íntegra da gravação liberada pelo shopping. "No intervalo de tempo de mais de meia hora de imagem, nenhuma outra pessoa é abordada. Nenhuma pessoa branca é abordada", lembra a advogada Eduarda Garcia.

A loja Decathlon e o Shopping Iguatemi informaram que colaboram com as autoridades para esclarecer o fato e repudiaram qualquer atitude discriminatória.

Para vítima, fica a sensação e impotência e de vergonha: "Eu me senti horrível. Foi muito constrangedor. E a loja cheia, seis horas da tarde".

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