Empresários responsáveis por fraude e lavagem de dinheiro são alvos da PF
Organização social teria superfaturado o preço de serviços hospitalares durante a pandemia de covid
Camila Stucaluc
A Polícia Federal realiza, na manhã desta 4ª feira (22.jun), a operação Ophiocordyceps, que tem como objetivo apurar possíveis crimes de fraude à licitação e lavagem de dinheiro praticados por empresários, no estado do Tocantins. No total, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas unidades federativas do Distrito Federal, Belém, Goiânia e São Paulo.
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A investigação foi iniciada a partir de uma nota técnica emitida pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o gerenciamento de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido à covid-19, em três hospitais de Tocantins. Segundo o texto, a organização social contratada teria superfaturado o valor dos insumos e dos serviços prestados.
No total, a companhia recebeu R$ 90 milhões durante a gestão dos hospitais entre 2020 e 2021, sendo que metade do valor teria sido destinado aos próprios membros do grupo. O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros estados da federação.
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A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresários vinculados à citada organização social. Os investigados poderão responder, na medida das responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa. As penas, somadas, podem chegar a 23 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente das infrações.