Justiça converte em preventiva a prisão de suspeito de degolar mulheres
Uma aposentada e a diarista foram mortas em um apartamento no Flamengo, no Rio, por causa de R$ 15 mil
SBT News
O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito converteu em preventiva a prisão de Jhonatan Correia Damascena, um dos suspeitos de matar duas mulheres em um prédio de luxo no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Na audiência de custódia, neste domingo (12.jun), realizada no presídio José Frederico Marques, em Benfica, o magistrado avaliou que a liberdade de Jhonatan poderia causar temor às testemunhas, que ainda irão depor sobre os fatos e reconhecer os criminosos.
"As testemunhas deverão contribuir com o processo de forma isenta e livre de intimidações. A prisão foi convertida em preventiva para não comprometer a busca pela verdade", afirmou o juiz.
O magistrado também ponderou para a brutalidade da ação e afirmou que há indícios suficientes de autoria do crime. Ele chamou atenção ainda para os graves delitos cometidos por Jhonatan e seu comparsa. E afirmou que ele teve "elevada audácia e destemor".
No último sábado (11.jun), dois dias após o crime, William Oliveira Fonseca, de 23 anos, se entregou à Polícia. E foi levado para a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Contra William, haviam dois mandados de prisão. Um deles por roubo, praticado há cinco anos. Ele prestou depoimento. E, segundo a Polícia, confessou ter matado sozinho as duas vítimas.
No dia anterior, agentes prenderam Jhonatan Correia Damasceno, de 32 anos, na favela do Acari, Zona Norte da capital. Segundo as investigações, Jhonatan já tinha feito serviços como pintor no apartamento da aposentada Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos. E teria sido ele que planejou o crime.
Martha e a diarista, Alice Fernandes da Silva, de 51 anos, foram degoladas e carbonizadas no apartamento da aposentada, no Flamengo, Zona Sul da cidade.
Segundo o delegado Alexandre Herdy, Jhonatan afirmou que convidou William para ir até a casa dessa senhora para roubá-la. Ele contou à polícia que quando voltou à residência encontrou as duas mortas, numa indicação de que as vítimas teriam sido assassinadas pelo comparsa William.
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Câmeras de segurança flagraram o momento em que os criminosos caminham em direção ao edifício. Eles atravessaram a rua. E, logo depois, entraram no prédio de luxo, no Flamengo. Cerca de três horas depois, a dupla deixa o condomínio. Um deles, levando uma sacola com pertences roubados no imóvel.
Enquanto as vítimas eram mantidas reféns, Jhonatan foi ao banco e sacou R$ 15 mil em cheques assinados pela aponsentada, que foi ameaçada.
William e Jhonatan serão indiciados por latrocínio, que é o roubo seguido de morte, além de extorção e incêndio.