Ministério Público corajoso mantém a democracia nos trilhos, diz Moraes
Ministro do Supremo Tribunal Federal participou da posse do Procurador Geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo
Guto Abranches
A cerimônia de posse de Mario Sarrubbo, reconduzido ao cargo de Procurador Geral de Justiça de São Paulo, aconteceu nesta 6ª feira (27.mai), no Teatro Municipal de São Paulo. Estiveram presentes autoridades do Judiciário Paulista, o prefeito da capital Ricardo Nunes, o governador paulista Rodrigo Garcia e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
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Sarrubbo teve 1.385 votos de um total possível de 1.940 na disputa com outros dois candidatos. A votação aconteceu no início de abril. O resultado foi encaminhado ao Governador Rodrigo Garcia. Apesar de ter autonomia para escolher qualquer candidato, independentemente da posição final na votação, o atual chefe do Ministério Público de São Paulo foi prestigiado por Garcia para ficar à frente do MPSP pelo biênio 2022 a 2024.
Durante a cerimônia, o ministro Alexandre de Moraes fez questão de elogiar o Procurador Geral, a quem tratou como amigo. E disse que o Ministério Público de São Paulo é um exemplo para todas as instituições que acreditam no estado de direito e na democracia. "Enquanto o Ministério Público estiver unido, for independente e corajoso como é, a democracia vai andar nos trilhos", sentenciou Moraes.
Ao discursar, Mario Sarrubbo também apontou o papel indispensável dos procuradores e promotores no enfrentamento àqueles que, segundo ele, querem estabelecer padrões autocráticos de governo. E não poupou críticas aos adversários da democracia. " São tempos estranhos. O culto às armas, agressão às minorias, o negacionismo científico, a campanha contra as urnas eletrônicas e em especial contra o judiciário, numa retórica populista, vem tirando do eixo nossa democracia", ressaltou. E deixou clara sua disposição de enfrentar o problema. " Assumo o compromisso de que o nosso Ministério Público é e sempre será intransigente na defesa do interesse social e, em especial nos atuais tempos, na defesa da democracia", concluiu.