Pesquisa mostra que pandemia acelerou a transformação digital das empresas
Total de uso, gastos e investimentos em TI representa 8,7% da receita e continua crescendo
O avanço do investimento das empresas em tecnologias da informação (TI) no Brasil foi notório em 2021. De acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia), divulgado na 5ª feira (26.mai), a pandemia de covid-19 auxiliou na antecipação do processo de digitalização ao equivalente ao esperado para o período de um a quatro anos.
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Outro dado que chama a atenção é o avanço dos dispositivos digitais em uso no país. Computadores, notebooks, tablets e smartphones somados já superam a marca de 447 milhões de unidades. São mais de dois por habitante, com os celulares inteligentes assumindo papel predominante em utilização para transações bancárias, compras e redes sociais.
O número de smartphones no Brasil também superam a marca de um por habitante. São 242 milhões de aparelhos em uso no país. Adicionando os notebooks e os tablets, são 352 milhões de dispositivos portáteis, ou 1,6 por habitante. A pesquisa também constata que, com o atual crescimento nas vendas, o Brasil vai chegar à marca de um computador (desktop, notebook e tablet) por habitante no início de 2023.
"Acreditamos que o isolamento, ensino e o trabalho a distância da pandemia vão deixar marcas permanentes na forma com que transacionamos, vivemos e enxergamos a TI e deverá resultar em um modelo que combina o presencial com o remoto em uma solução que integra e potencializa as capacidades humanas com as digitais", analisa o professor Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa.
Gastos com TI nas empresas
O uso e os gastos e investimentos em TI nas empresas representa 8,7% da receita e continuam crescendo. Essa expansão foi ainda mais notável em 2021 e 2022, em aspectos como valor, maturidade e importância para os negócios existentes e para viabilizar novos modelos de negócios.
"Pode-se comprovar que quanto mais informatizada a empresa, maior é o valor desse Índice. Nos últimos 34 anos, ele cresceu 6% ao ano, passando de 1,3% em 1988 para 8,7% em 2021/22. Mesmo assim, existe muito espaço para crescer e chegar nos níveis dos países mais desenvolvidos", destaca Meirelles.
A pesquisa levanta ainda a participação no mercado dos fabricantes de 26 categorias de Software. A Microsoft continua dominando várias categorias no usuário final, algumas com mais de 90% do uso. Já os sistemas integrados de gestão (ERP) da TOTVS e da SAP têm 33% do mercado cada, Oracle 11% e outros 23%. A TOTVS lidera nas menores e a SAP nas maiores empresas.
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