RS: Professora é investigada por maus-tratos e racismo em creche
Áudios mostram profissional ameaçando crianças e até cometendo injúria racial contra aluno negro
SBT Brasil
A Polícia do Rio Grande do Sul divulgou, nesta 4ª feira (11.mai), novos áudios do caso de uma professora suspeita de maus-tratos em uma creche em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
A profissional estava afastada, desde a semana, quando surgiram as denúncias, porém, foi desligada da instituição, após a pressão de pais de alunos. A diretora da escola também foi demitida.
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Em uma das gravações disponibilizadas pela polícia nesta 4ª feira, a professora ameaça uma criança. "A próxima vez que você colocar a mão em alguma coisa que for minha, vou cortar a tua mão!"
Já em outro áudio, gravado durante a hora do lanche, ela fala em tom ainda mais agressivo com um aluno. "Eu quero que tu cale a boca, e que tu coma!"
Dayana Almeida, que é mãe de uma aluna da creche, relata que a filha de 4 anos sentia medo de ir para a escola. A menina contou aos pais que a professora reclamava quando precisava amarrar os tênis da criança. "A solução foi comprar um tênis sem cadarço, para que a minha filha não venha a ser coagida na escola. Ela relatou: 'A profe me xinga'".
Em 2018, a professora investigada já havia sido demitida de uma outra escola da mesma rede, por conduta inadequada, mas foi recontratada posteriormente. No ano seguinte, ela passou a atuar na unidade onde agora foram gravados os áudios.
Desta vez, no entanto, além dos crimes de maus-tratos, a polícia investiga se houve injúria racial por ofensas a uma criança negra. O delegado responsável pelo caso, Pablo Rocha, também já começou a ouvir alunos com idade entre 4 e 5 anos.
"Quando a criança identifica que a professora brigou com o colega é porque, certamente, ela passou do limite do aceitável da reprimenda e correção; esse limite é tênue, mas, nesse caso, é claro que passou", argumentou o delegado.
A instituição é conveniada com a Prefeitura de Canoas, que analisa se vai descredenciar a creche e proibir a participação em novos editais públicos.
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