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Brasil

Desmatamento na Amazônia cresce 54% e atinge pior abril em 15 anos

Área devastada chegou a 1.197 km², equivalente a cidade do Rio de Janeiro

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Estado do Mato Grosso foi o que mais desmatou pelo quarto mês consecutivo, com 372 km² derrubados | Christian Braga/Greenpeace
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O desmatamento na Amazônia continua atingindo níveis críticos. Segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado nesta 4ª feira (11.mai), foram derrubados 1.197 km² de floresta durante o mês de abril, número 54% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e o pior para o mês desde 2008, quando o monitoramento foi iniciado.

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Na prática, uma área do tamanho da cidade do Rio de Janeiro foi posta abaixo no bioma. Os pesquisadores lembram, no entanto, que os dados mensais podem ser maiores, uma vez que o monitoramento é feito com base em imagens de satélites, que podem sofrer com a interferência de nuvens.

De acordo com os dados, o estado do Mato Grosso foi o que mais desmatou pelo quarto mês consecutivo, com 372 km² derrubados, 31% de toda a destruição registrada na região. Em segundo lugar ficou o Amazonas, com 348 km² desmatados (29%), e em terceiro o Pará, com 243 km² (20%). 

Contudo, se levarmos em conta o período de agosto de 2021 a abril de 2022, os primeiros nove meses do chamado "calendário do desmatamento" da Amazônia, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte, é o Pará que lidera o ranking, com 38% do desmatamento acumulado. No estado, segundo os pesquisadores, há um problema grave em relação ao aumento da devastação dentro das áreas protegidas.

"Em abril, por exemplo, 40% de toda a devastação registrada no Pará ocorreu apenas dentro de cinco unidades de conservação: 95 km². Por isso, é necessário intensificar as ações de proteção nesses territórios, que foram criados justamente para que a floresta fosse conservada, o que não está ocorrendo", alerta a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim.

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