Ministério da Saúde monitora casos suspeitos de hepatite misteriosa
Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro identificou mais duas suspeitas da doença no estado
SBT Brasil
O Ministério da Saúde está acompanhando sete casos suspeitos da hepatite misteriosa, que vem atingindo crianças e adolescentes em diversas partes do mundo. Segundo a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, outras duas suspeitas foram identificadas no estado.
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No Rio de Janeiro, os infectados têm entre 2 meses e 8 anos. Já no Paraná, são três casos, em crianças de 8 a 12 anos, do sexo masculino. A Secretaria Estadual de Saúde disse que está capacitando os serviços de saúde para tratar os pacientes.
O Ministério da Saúde orientou os profissionais da área para notificarem qualquer suspeita da hepatite misteriosa imediatamente. O surto começou no Reino Unido e já foram registradas 230 infecções em todo mundo, afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde). O mistério é que os exames feitos nos pacientes não indicaram nenhum dos vírus conhecidos da hepatite.
Cientistas europeus já descartaram a possibilidade de que a vacina contra a covid-19 seja uma das possíveis causas para o surto, visto que a maioria das vítimas ainda não tem idade para receber o imunizante. A principal suspeita é de uma infecção por um tipo de adenovírus, que normalmente causa resfriados. A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido investiga uma possível sequela do novo coronavírus ou sintomas de uma nova variante da doença.
Pelo menos 18 crianças precisaram de transplante no fígado. Marcus Lacerda, infectologista e pesquisador da Fiocruz, afirma que, apesar das poucas informações sobre a hepatite misteriosa, os cuidados a serem tomados já são conhecidos.
"O adenovírus costuma ser contraído da mesma forma do vírus respiratórios, portanto, o uso de máscara, a higienização das mãos, evitar aglomerações continuam sendo as recomendações para evitar pegar o adenovírus, que é uma infecção bastante comum, especialmente nessa época", explica o infectologista.
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