Brasil ocupa 110ª posição do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa
Concentração midiática, governo de Jair Bolsonaro e violência contra jornalistas são os principais motivos
Dentre 180 países, o Brasil ocupa a 110ª posição no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras (RsF). A alta concentração privada dos veículos de comunicação, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a violência entrutural contra jornalistas são os principais motivos para o país estar nesta posição, atrás de mais de 100 outras nações.
Os poderes políticos, econômicos e religiosos são três elementos que intereferem drasticamente no cenário midiático brasileiro, segundo levantamento da RsF. Com a forte concetração privada da imprensa nas mãos de dez grupos, o trabalho dos jornalistas "é constantemente prejudicado".
Já em relação ao contexto político, desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2018, profissionais da imprensa são atacados sistematicamente pelo governo. "Trata-se de uma estratégia bem coordenada de ataques com o objetivo de desacreditar a mídia, apresentada como inimiga do Estado", aponta o relatório da ONG.
Além de ataques físicos e verbais, oriundos não só do presidente Jair Bolsonaro, mas também de apoiadores do governo, os jornalistas enfrentam uma série de processos judiciais por parte de políticos e empresários, que buscam cercear a liberdade de imprensa. Repórteres que cobrem política longe dos grandes centros em municípios de médio e pequeno prazo são os mais vulneráveis aos ataques, que podem tomar ainda maiores proporções.
"Ao longo da última década, pelo menos 30 jornalistas foram assassinados no Brasil, o segundo país mais letal da região neste período para jornalistas", destaca o relatório.
Saiba mais: