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Brasil

Delegados federais farão paralisação por recomposição salarial

Além disso, categoria aprova pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública

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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou a realização de paralisações como resposta ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) de não garantir o reajuste salarial da categoria e a reestruturação das carreiras da PF, conforme o prometido. A decisão foi definida durante assembleia geral feita entre os dias 2 e 3 de maio e publicada em nota pública. 

"A ADPF reforça a gravidade do momento e do posicionamento do presidente da República, que, depois de se comprometer publicamente e já com orçamento reservado para a reestruturação das carreiras, decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF", destaca o texto.

Além disso, há a aprovação do pedido de renúncia do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, "pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro", aponta a nota.

A realização de ações de mobilização da população durante controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada e também a entrega de cargos de chefia e recusa de novos postos vão ser feitas pelos agentes em protesto. 

A nota criticou o não cumprimento da maior bandeira de campanha do governo do presidente Jair Bolsonaro e ainda destacou os principais problemas enfrentados pelos policiais: 

  • desamparo a família do policial morto em serviço;
  • redução real do salário, ante o aumento da alíquota da contribuição previdenciária;
  • trabalho em regime de sobreaviso não remunerado ou compensado;
  • diárias cujos valores não pagam todos os gastos do policial com hospedagem, alimentação e transporte durante a missão, tendo o servidor que custear o restante com o próprio salário;
  • ausência de profissionais capacitados para dar apoio psicológico aos servidores (há 12 psicólogos em toda a polícia federal para atender 12 mil policiais), quando a Polícia Federal possui um dos maiores índices de licença por transtornos psicológicos, incluindo suicídios, em toda a esfera federal.

A Associação informou que as paralisações serão parciais e progressivas, "cujo calendário será definido em conjunto com as demais categorias da Polícia Federal".

Confira a nota na íntegra:

Saiba mais: 

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