Brasília comemora 62 anos com agenda cheia de atrações
Estão previstas mostras de cinema, exposições, peças teatrais, além da apresentação da Orquestra Sinfônica
Nesta quinta-feira (21.abr), além do feriado de Tiradentes, é dia de celebrar o aniversário da capital federal. Brasília completa 62 anos com várias atrações para a população. Batizado de "Sorria, Brasília", o projeto comemorativo tem amplo calendário de ações entre os dias 19 a 24 de abril. De shows a mostras de cinema; de exposições a feiras de economia criativa; de espetáculos populares a apresentações de orquestras, como a Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.
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"Essa volta às comemorações presenciais é um apontamento de esperança para que a sociedade restabeleça o convívio seguro com as celebrações públicas. Optamos por modelo mais intimista, com a maioria das atividades dentro dos equipamentos culturais e um convívio externo sem grandes aglomerações", destacou o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues.
A programação organizada pelo governo do Distrito Federal foi batizada de "Sorria, Brasília" pretende incentivar a população a participar das comemorações, após dois anos de festas virtuais por causa da pandemia de Covid-19. A agenda pode ser conferida no site do GDF.
De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o investimento foi de cerca de R$ 700 mil, e a expectativa é que 5 mil pessoas participem das atividades em cada dia de evento no Eixo Cultural Íbero-americano, antiga Funarte, espaço que vai concentrar a maior parte da programação.
A capital de todos os brasileiros
Brasília é formada por gente de todos os lugares, todas as idades e de muitas gerações. É uma mistura de sotaques do Nordeste, Sudeste, Norte e Sul do país e até de estrangeiros. Todos eles somam uma população de 2.786.684 de habitantes, e, segundo dados do IBGE, a estimativa é que sejam mais de 3 milhões de pessoas na capital em 2017, segundo site oficial do governo do DF.
Por conta de seu rápido crescimento, já é a quarta cidade mais populosa do país. A maioria dos moradores, 52%, é mulher e tem em média 30 anos. A expectativa de vida por aqui está cada vez maior ? hoje já é de 77,6 anos, a segunda maior do país. A densidade demográfica atual é de 444,66 hab/km².
Os primeiros habitantes que chegaram a Brasília vieram, principalmente, atraídos pelos empregos na construção civil e ajudaram na construção da capital. Eles eram chamados de candangos e aqui construíram e criaram famílias. Desses, surgiram os "brasilienses", o gentílico usado para quem nasceu aqui e adotado por quem veio de fora e assumiu a cidade como sua, informa o GDF.
Assim como naquela época, a maioria dos imigrantes ainda hoje vem da região Nordeste, principalmente Bahia, Maranhão e Piauí, e do Centro-Oeste, a maior parte de Goiás.
A capital ainda atrai tantos imigrantes por conta das oportunidades de trabalho, principalmente no setor público. A maioria da população economicamente ativa da cidade (71,8%) trabalha na área de serviços, sendo que 15% é servidor da administração pública, defesa ou seguridade social, de acordo com dados de 2015 da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Outro levantamento aponta que Brasília comemora mais um aniversário sendo a região mais rica do país em renda média per capita domiciliar. Segundo dados mais atualizados, o Distrito Federal atingiu R$ 2.384 em 2020. O valor é 260% superior ao estado mais pobre, o Maranhão (R$ 662).
A renda per capita de Brasília também é 33% maior que o 2º colocado no ranking, o estado de São Paulo (R$ 1.787). Apesar disso, a capital federal é marcada também pela desigualdade social. A região nobre tem renda per capita de R$ 7.655, segundo os dados de 2018, os últimos disponíveis. Já a mais pobre, a Estrutural tem renda per capita de R$ 486, média parecida com a de países como Myanmar (R$ 482) e Zimbábue (R$ 479).
Para analistas, a peculiaridade da capital federal ter forte presença do funcionalismo público, tanto na esfera federal como distrital, leva a uma remuneração mais elevada na comparação com ocupações no setor privado.