Aulas presenciais alcançam mais de 80% das escolas municipais
Pesquisa da Undime aponta para alta adesão da busca ativa e medidas para recuperação do ensino
Mais de 80% das escolas municipais do país estão funcionando com atividades 100% presenciais, enquanto 90% oferecem tarefas cinco vezes por semana, com adesão quase total dos alunos. É o que revela uma pesquisa realizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e do Itaú Social.
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Segundo o estudo, que ouviu 3.372 secretarias municipais de educação, 78% das redes também estão utilizando a Busca Ativa Escolar para ajudar crianças e adolescentes que estão fora da sala de aula a retomarem os estudos. A grande maioria está adotando medidas especiais para a recomposição e recuperação da aprendizagem durante a pandemia de covid-19.
"Mesmo antes da pandemia, milhões de crianças e adolescentes mais vulneráveis estavam sendo deixadas para trás. Neste momento em que o país está retomando as aulas presenciais, não podemos apenas voltar ao 'normal'. Precisamos de um novo normal: com cada criança e adolescente na sala de aula, com diagnósticos precisos das aprendizagens de cada um e apoio intensivo para superar barreiras e retomar a aprendizagem", defende Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil.
Para ele, as avaliações diagnósticas têm sido o principal meio de diagnóstico de defasagens de aprendizagem. Das redes entrevistadas, 60% estão aplicando avaliações em todas as escolas e 33% fazem o diagnóstico por meio de avaliações que as próprias escolas elaboram. Além disso, conversas regulares com diretores e coordenadores pedagógicos também devem ser priorizadas.
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A pesquisa destaca, ainda, que a vacinação de crianças e adolescentes contra a covid-19 tem sido incentivada, e que a ausência do cartão de vacinação não está impedindo a frequência escolar. De acordo com os dados coletados, 63% dos respondentes acreditam que há uma boa aceitação dos pais e responsáveis e procura pela vacinação infantil, enquanto 20% afirmam que há certa resistência e baixa procura pela imunização.