Brasil pode recuperar parte da Floresta Amazônica, aponta estudo
Segundo Imazon, reflorestamento da região teria baixo custo e não acarretaria em perda de áreas para agricultura
SBT Brasil
Um estudo inédito do Imazon, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, mostra que o Brasil pode conseguir recuperar parte da floresta desmatada, com iniciativas de baixo curto e sem perder áreas úteis à agricultura.
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O levantamento mostra que os 7 milhões de hectares de Floresta Amazônica analisados pelos pesquisadores estão em plena regeneração. A área havia sido desmatada mas, agora, a vegetação natural está renascendo de forma natural.
De acordo com os especialistas, 73% dessas terras, o equivalente a 5,2 milhões de hectares, são considerados de difícil plantio. "São áreas que têm baixa aptidão agrícola, mas, por outro lado, têm alta aptidão para conservação", explica o pesquisador do Imazon, Paulo Amaral.
Ainda segundo o Instituto, os dados comprovam que o Brasil tem capacidade para cumprir o acordo assumido com a Organização das Nações Unidas de recuperar quase 5 milhões de hectares de mata nativa até 20230. Dentre os benefícios do reflorestamento estariam o equilíbrio das chuvas, a manutenção dos rios e a proteção da biodiversidade.
A pesquisa também indica que 36% dessas terras não-cultiváveis, cerca de 1,8 milhões de hectares, estão localizadas em áreas particulares ou de assentamento, e podem ser usadas pelos proprietários e agricultores para se adequarem à Lei Ambiental, que exige a manutenção da vegetação nativa em parte da propriedade.
O Imazon alerta, porém, para os outros 2 milhões de hectares cultiváveis de mata amazônica, que são hoje os mais ameaçados pelo desmatamento. "Precisa ter monitoramento para essas áreas; e depois, que essas áreas sejam incluídas em programas de regularização ambiental", recomenda o pesquisador Paulo Amaral.
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