Pandemia de covid-19 completa dois anos nesta 6ª feira
Brasil é o nono país na lista dos que mais vacinaram contra doença
SBT Brasil
Há dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretava o início da pandemia que iria colocar o mundo todo em confinamento. Graças à vacinação, aos poucos foi possível frear o número de mortes e infecções por covid-19. Mas imunizar a população continua sendo um desafio para muitos países, inclusive o Brasil.
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Corajoso, Nícolas, de 6 anos, foi vacinado primeiro. Ele recebeu a segunda dose. "Nem doeu", afirmou. E logo foi dar força para a vovó, a dona de casa Josiena da Silva, que recebeu o reforço. "Toda vez que eu queria tomar, eu estava gripada, e ele a mesma coisa", disse a mulher.
O mutirão foi programado porque a aplicação da terceira dose, aqui na região norte, está atrasada em relação ao resto do país. Os estados do pará (14,37%), Roraima e Amapá (9,86%) ainda não atingiram nem 15% da população com indicação para a dose de reforço. É preciso avançar também com a segunda dose. Enquanto 83% dos paulistas estão com o esquema vacinal completo, menos da metade da população do Amapá (45,5%) e de Roraima (48,96%) completou a imunização.
Apesar disso, o Brasil é o nono país na lista dos que mais vacinaram, segundo o site Our World in Data. Nos países com baixa cobertura, o problema é a falta de acesso às vacinas. De acordo com o pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Raphael Guimarães, "se hoje eu tenho uma disparidade muito grande entre regiões, eu não posso ter certeza de que esse vírus vai parar de circular no globo".
Desde que o cenário provocado pela doença foi considerado uma pandemia, há dois anos, quase meio bilhão de pessoas foram infectadas em todo o planeta. Seis milhões morreram. Mais de 650 mil dessas mortes foram registradas no Brasil. "Vacinem as crianças. enquanto a gente não conseguir a adesão da população para essa faixa etária, a gente não vai conseguir atingir coberturas ótimas de vacina no Brasil", pontuou o pesquisador da Fiocruz.
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