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Brasil

Folia para poucos: sem blocos de rua, festas privadas têm preços salgados

Apesar do cancelamento de bloquinhos, Carnaval registra festas clandestinas e sem máscaras

Imagem da noticia Folia para poucos: sem blocos de rua, festas privadas têm preços salgados
Público de evento privado em São Paulo
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Pelo segundo ano consecutivo, a comemoração oficial de Carnaval é tímida, devido ao crescimento da pandemia no Brasil causada pela variante Ômicron do coronavírus. Apesar da proibição para os blocos de rua, houve, sim, festa carnavalesca. Seja em festas clandestinas ou privadas. No segundo caso, o folião teve de colocar a mão no bolso. O ingresso para um evento privado em São Paulo, por exemplo, pode custar salgados R$ 500.

No Jockey Club, o Carnaval na Cidade recebeu Alok, Anitta, Pedro Sampaio, entre outras atrações. A festa teve alguns tipos de bebidas liberadas e o participante deveria ter tomado, pelo menos, duas doses do imunizante contra o coronavírus. Apesar da recomendação, dificilmente alguém de máscara foi visto na multidão

Já no Rio de Janeiro, o acesso ao CarnaRildy por quatro dias custa R$ 544,48. Ludmilla, Thiaguinho, Dilsinho e a dupla sertaneja Maiara & Maraisa são alguns artistas confirmados. 

Na capital da Bahia, ao menos 30 festanças ocorrerão nos próximos dias, com capacidade para 1.500 convidados. O show da Banda Eva, no Porto Salvador, está na faixa de R$ 140. 

Outras cidades, no entanto, optaram por vetar completamente a folia -- seja a festividade pública ou privada. Os municípios de Caicó, no Rio Grande do Norte, e Sete Lagoas, em Minas Gerais, são exemplos.

Sem festa pelas ruas, foliões optam por celebrações privadas no Carnaval | Divulgação

Ajuda financeira a ambulantes custa o valor de um ingresso

Com o cancelamento dos bloquinhos, mais de 9 mil ambulantes ficarão sem renda durante a folia nas ruas cariocas. Para mitigar o impacto socioeconômico, a classe receberá auxílio de R$ 500.

Segundo a prefeitura, em 2020, último ano de festa antes da pandemia, foram movimentados mais de R$ 4 bilhões, com a presença na cidade de dois milhões de turistas.

A prefeitura de São Paulo estuda um projeto de ajuda financeira, mas ainda não há confirmação oficial. A cervejaria Ambev pagará R$ 255 aos ambulantes. Segundo a empresa, 20 mil trabalhadores devem ser beneficiados em todos os estados.

Desfile mantido (por enquanto)

Apesar de apresentar queda há quase duas semanas, o número de casos conhecidos de covid-19 está muito acima do pico da segunda onda, com mais de 100 mil registros diários. Por ora, os desfiles nos sambódromos carioca e paulista estão confirmados. 

Na terra da garoa, as escolas de samba pisarão no Anhembi, na zona norte da capital paulista, em abril. O bilhete mais acessível ao público custa R$ 100.

Para acompanhar a apresentação no local, será imprescindível apresentar comprovante de vacinação com, no mínimo, duas doses do imunizante. Além disso, a ocupação máxima será de 70% da capacidade de público em todos os setores e o uso de máscaras será obrigatório. 

As agremiações também sofreram alterações: ao invés de cinco, serão quatro carros alegóricos. O número de desfilantes diminuiu em torno de 20% e, consequentemente, o tempo de apresentação poderá ser reduzido. Ainda há a expectativa pelo uso ou não de máscaras pelos componentes. O item poderá impactar no quesito harmonia, responsável por avaliar o samba-enredo.

Crianças de até 11 anos estão proibidas de participar da celebração. Os adolescentes entre 12 e 17 podem ter acesso após apresentação do passaporte vacinal completo, além do uso de proteção facial. 

Na cidade maravilhosa, os desfiles na Marquês de Sapucaí, zona central da cidade, começam no dia 20 de abril. Por determinação da Justiça, é proibida a presença de menores de 5 anos no espaço, mesmo acompanhados pelos pais ou responsáveis.

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) usará um aplicativo, com dados do Ministério da Saúde, para averiguar o ciclo vacinal do visitante. O relatório será repassado ao sistema das catracas, onde os bilhetes serão submetidos à leitura digital.

A Marquês passou por recente reforma a fim de melhorar o sistema de drenagem, combate a incêndios, pintura, iluminação e pavimentação. 

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