Sites de Americanas, Submarino e Shoptime caem após "acesso não autorizado"
Especialista explica que aviso é considerado grave e recomenda troca de senhas; veja como proceder
Bruna Yamaguti
Desde o domingo (20.fev), os sites das Lojas Americanas e do Submarino, que pertencem ao mesmo grupo, estão fora do ar. Em aviso na página principal, a empresa afirma que houve um "acesso não autorizado". Na tarde desta 2ª feira (21.fev), também saiu do ar o Shoptime, também do mesmo grupo.
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O especialista em proteção de dados da Privamax e pesquisador da Fiocruz Alex Rabello explica que, para o mundo de segurança cibernética, o aviso de "acesso não autorizado" é considerado grave. "Certamente os criminosos digitais devem ter explorado uma vulnerabilidade à infraestrutura do site para que assim possam coletar ou alterar dados, seja de produtos, de serviços ou dos próprios consumidores", alerta.
Veja os avisos publicados:
Rabello ressalta que, quando o sistema reestabelecer a normalidade, é recomendado que todos os clientes acessem os sites e efetuem a alteração de senhas. Além disso, cancelar os cartões que estavam ali cadastrados.
"É prematuro ainda concluirmos que houve um vazamento de dados. O que está acontecendo nesse momento são medidas de prevenção que estão sendo tomadas para retirar o sistema do ar e evitar uma eventual exploração dos meliantes de serviços", afirma o especialista.
Em nota, a Americanas informou que "voltou a suspender proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce na madrugada deste domingo (20/02) e acionou prontamente seus protocolos de resposta assim que identificou acesso não autorizado".
"A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível. A companhia reitera que trabalha com rígidos protocolos para prevenir e mitigar riscos. As lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas e permanecem operando", diz o texto.
Segundo Rabello, independentemente do que acontecer, os clientes têm os seus direitos assegurados, seja pela Lei Geral de Proteção de Dados, seja pelo Código de Defesa do Consumidor. "As empresas são obrigadas a noticiar a verdade na mídia, então certamente os clientes podem ficar tranquilos, pois todas as medidas de prevenção e de mitigação de riscos vão ser adotadas. Visto que, se as empresas não agirem de forma correta, certamente vão sofrer as sanções cabíveis mais graves", conclui.