População em situação de rua cresceu 31% em São Paulo na pandemia
Nos últimos dois anos, mais de 7,5 mil pessoas ficaram sem moradia na capital paulista
A população em situação de rua cresceu 31% durante a pandemia na cidade de São Paulo. Ao todo, são 31.884 pessoas que estão sem ter onde morar e vivem nas ruas da cidade. Dessas, 7.540 chegaram nos últimos dois anos - a mesma quantidade que toda população nas mesmas condições que estavam nas ruas do Rio de Janeiro em 2020.
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O número de famílias vivendo em moradias improvisadas também cresceu durante a crise sanitária. 28,6% dos entrevistados relataram viver em locais como barracas ao lado da família - um total de 8.927 pessoas. Em 2019, essa era a situação de 20% dos que estavam sem lar, à época, a quantidade representava 4.868 pessoas.
Os dados, divulgados em censo da Prefeitura de São Paulo neste domingo (23.jan), também indicam que o impacto econômico dos últimos dois anos provocou o crescimento das pessoas nessa condição: 28,4% relataram ter perdido o trabalho ou fonte de renda, e, por isso, ficaram sem moradia. Conflitos familiares e dependência química também foram citados, por 34,7% e 29,5%, respectivamente.
A grande maioria das pessoas em situação de rua na capital são brasileiras (96,44%), enquanto 3,56% são de outros países. Do total, 39,2% são paulistanos, 19,86% são de outras cidades do estado e 40,94% de outras unidades da federação. Com destaque a Bahia (8,47%), Minas Gerais (5,44%) e Pernambuco (5,28%).