"Expõe grave problema de gestão territorial", diz SBG sobre tragédia
Sociedade Brasileira de Geologia cobra realização de laudos geólogicos e geotécnicos
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Em comunicado divulgado neste domingo (9.jan), a Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) se solidarizou com as famílias das vítimas do acidente provocado pelo desmoronamento do paredão nos Cânions de Furnas, em Capitólio (MG), e disse que a "tragédia expõe um grave problema relacionado à gestão territorial em regiões destinadas ao geoturismo no Brasil".
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Com a fala, a SBG se refere a falta de "laudos geólogicos e geotécnicos para identificar e tipicar os riscos geológicos dos locais a serem visitados, bem como determinar as restrições de uso e os procedimentos de segurança". Ainda de acordo a entidade, outro problema exposto pelo caso é que a "a ausência de profissionais das Geociências com qualificação necessária para atuar em prefeituras e que possam conduzir esses estudos, assim como o monitoramento nas áreas de risco geológico, coloca em risco a vida de diversas pessoas".
A SBG aproveita o comunicado, então, para cobrar a realização dos laudos geólogicos e geotécnicos e que os Executivos tenham efetivos de profissionais com treinamento e capacitação para mapear e elaborar os documentos, assim como monitorar o risco geológico.
Além disso, fala, entre outras coisas, sobre o possível motivo da queda do paredão: "um movimento de massa do tipo tombamento flexural pode ter sido a razão do acidente ocorrido em Capitólio. No local do desastre, aflora uma rocha denominada de quartzito, que possui boa resistência à erosão, mas, quando fraturada, torna-se ao processo geológico natural de intemperismo e ruptura de talude. O fluxo das águas após as chuvas intensas nas fraturas verticais, combinadas às fraturas horizontais, potencializou o desencadeamento do tombamento dos blocos rochosos individualizados na área do desastre".
Veja o comunicado na íntegra: