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Brasil

Em 10 anos, número de novos imigrantes cresce 24,4% no Brasil

Atualmente 1,3 milhão de imigrantes residem no país

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Refugiados
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Nos últimos 10 anos, ocorreu um aumento de 24,4% no número total de novos imigrantes registrados no Brasil. Segundo os dados divulgados, nesta 3ª feira (07.dez), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, as imigrações venezuelanas, haitianas, colombianas e americanas são as principais responsáveis pelo aumento no país.  

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Os dados fazem parte do projeto "2011-2020: Uma década de desafios para a imigração e refúgio no Brasil" e foram produzidos pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Universidade de Brasília, Instituto Nacional de Geografia e Estatística, Ministério do Trabalho e Previdência e Ministério das Relações Exteriores, entre outras entidades. 

Atualmente 1,3 milhão de imigrantes residem no Brasil. O número de novos refugiados reconhecidos anualmente no país saiu de 86, em 2011, para 26,5 mil em 2020. As solicitações de reconhecimento da condição de refugiado também aumentaram, passando de cerca de 1,4 mil, em 2011, para 28,8 mil, em 2020. 

O secretário Nacional de Justiça, Vicente Santini, destacou a relevância das publicações para a preservação e a construção de políticas públicas de imigração. "Vamos trabalhar para normalizar o fluxo de haitianos, venezuelanos, europeus, argentinos e de qualquer outro país que queira vir para cá. Essa miscigenação só gera o engrandecimento do povo", afirmou o secretário.  

Trabalho 

Os imigrantes ocuparam também mais postos de trabalho no mercado brasileiro. Em 2011 foram 62.423 e em 2020, 181.358. Aumento de mais de 190%, quando comparado um ano com o outro. Entre 2019 e 2020, os postos de trabalhos criados para imigrantes e refugiados no mercado formal passaram de 21,4 mil para 24,1 mil. Um aumento de 12,7%. O estado de Santa Catarina foi o que mais criou postos. 

A movimentação de novos estudantes imigrantes matriculados na rede básica de ensino no Brasil foi de 41.916 em 2010 e em 2020 foi de 122.900. Crescimento de 195% de um ano com o outro. A imigração venezuelana teve maior contribuição para esse aumento. Somente em 2018, 24.446 estudantes venezuelanos se matricularam na educação básica, na região norte do país. Em 2020, os imigrantes com nível médio completo já correspondem à quase metade de todos os trabalhadores imigrantes no mercado de trabalho formal. 

Os relatórios mostram que, entre 2011 e 2020, o reconhecimento da condição de refúgio pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concentrou-se nas seguintes nacionalidades: venezuelana (46.412 reconhecimentos), síria (3.594 reconhecimentos) e congolesa (1.050 reconhecimentos). 

O Conare também reconheceu a situação de grave e generalizada violação de direitos humanos na Venezuela e adotou, em 2019, a dispensa da entrevista de elegibilidade para venezuelanos. 

"Nós estamos utilizando princípios científicos para tratar questões da maior importância para a sociedade brasileira. E a partir desses dados sólidos, podemos construir propostas de políticas públicas mais adequadas à realidade dos imigrantes e refugiados no Brasil", explicou Marileusa Chiarello, diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB). 

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