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Brasil

Autoridades investigam incêndio no galpão de mineradora no Pará

Chamas atingiram galpão de armazenagem de produto que pode causa irritação no aparelho respiratório

Imagem da noticia Autoridades investigam incêndio no galpão de mineradora no Pará
Autoridades foram à mineradora Imerys para apurar o que aconteceu (Reprodução/SBT Brasil)
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Autoridades investigam as causas de um incêndio no galpão da mineradora Imerys, no Pará. Mais de 30 pessoas precisaram de atendimento médico após inalarem fumaça.

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Na empresa, ninguém fala do assunto. Nesta 3ª feira (7.dez), representantes do Instituto Médico Legal (IML), Delegacia do Meio Ambiente e do Ministério Público estadual (MPPA) estiveram no local para apurar o que aconteceu.

Tudo começou na noite de 2ª feira (6.dez), quando uma fumaça branca vinda da empresa se espalhou pelo céu. "Olha como está de fumaça subindo aí, oh. Isso aí faz um mal horrível para a gente que está aqui no bairro, olha aí, oh!", diz um homem em vídeo gravado no momento. "Aí vai lá na portaria, inguém quer dar uma justificativa de nada pra nós, aí, oh".

O líder comunitário da região, Henrique Carvalho, ficou com vermelhidão no rosto e diz que passou mal com a fumaça. "O ardume no olho, coceira na garganta, a gente começou a se sentir mal, sem poder falar normalmente", disse o morador. O autônomo Nazareno Fernandes teve os mesmos sintomas e estranhou a cor da água da torneira: "um cheiro de acido, forte demais, um negócio podre, horrivel, cheiro de enxofre".

A Defensoria Pública do Pará e o Ministerio Público Federal (MPF) também estão no caso. A multinacional tem até a noite desta 4ª feira (8.dez) para informar as possíveis causas do incêndio, as providências que tomou para socorrer os atingidos e as ações para reduzir impactos ao meio ambiente. A empresa confirmou o incêndio em parte do galpão de armazenagem de hidrossulfito de sódio, um produto químico que pode causar irritação no aparelho respiratório.

Segundo a doutora em química Simone Pereira, da Universidade Federal do Pará (UFPA), o produto "tem enxofre em sua constituição e esse enxofre, quando chega na atmosfera, pode formar o ácido sulfídrico". Ainda de acordo com ela, "é altamente tóxico, em altas concentrações pode até matar".

O hidrossulfito de sódio é usado no processamento do caulim, um minério empregado em vários ramos da indústria. A multinacional francesa tem no Pará a maior planta de beneficiamento desse minério em todo o mundo.

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