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Brasil

A cada dia de atraso no STF, 80 mil munições são vendidas

Julgamento foi suspenso em abril por Nunes Marques; Bolsonaro exaltou pedidos de vista do ministro

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munições de armas
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Com o julgamento dos decretos de armas de fogo em suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF), desde o pedido para mais tempo de análise solicitado pelo ministro Nunes Marques, em abril, o governo ganhou fôlego para manter a liberação de armas e munições no país: nos últimos seis meses, ao menos 80 mil munições e 50 armas de grosso calibre, como fuzis, foram entregues a pedidos de colecionadores, atiradores e caçadores (CAC) e em liberações do Exército.

O número diz respeito aos cálculos feitos pela reportagem até esta 3ª feira (9.nov). Tendo como base dados recebidos pelo SBT News sobre o número de armas e munições liberadas em relação ao período em que a votação sobre os decretos foi pausada no Supremo. No caso das munições, o valor total diz respeito apenas a dados do Exército - que libera a maior quantidade do item - mas, por não haver informações sobre a liberação da Polícia Federal, o número poderia ser maior.

A ação de Nunes Marques em pedir vista deixa a critério do ministro uma data para retomar o tema no Supremo. A possibilidade de postergar votações e com isso ganhar tempo para a execução de medidas, chegou a ser celebrada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Também nesta 3ª, o líder do Executivo disse ter "10% do Supremo", e citou ações específicas do magistrado.

Bolsonaro declarou que o ministro atua em pautas conservadoras e "já pediu vista de muita coisa" sobre o tema desde que entrou no STF."Porque, se ele apenas votasse contra, ia perder por 8 a 3, ou 10 a 1. A gente não quer perder por 8 a 3 ou 10 a 1. A gente quer ganhar o jogo ou empatar. Ele está empatando esse jogo", afirmou, em entrevista ao portal bolsonarista Jornal da Cidade.

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O chefe do Executivo também disse que não manda em votos do ministro, e que a indicação do nome foi autorizada pelo Senado. "Não é que eu mande no voto dele, mas o que eu podia apresentar naquele momento para o Senado, quem bota no Supremo não sou eu, quem bota é o Senado, era o Kassio", pontuou.
 

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