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Sustentabilidade é considerada pilar estratégico em empresa química

BASF pretende zerar suas emissões de carbono até 2050

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Indústria química | Unsplash
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Questões relacionadas à sustentabilidade ganharão ainda mais relevância no mundo pós-pandemia. A temática tem sido bastante discutida também no meio corporativo, uma vez que a crise sanitária trouxe novas demandas para o mercado e a necessidade de adoção de novos compromissos focados no meio-ambiente. A BASF, empresa de indústria química mundial, anunciou como meta zerar suas emissões de carbono até 2050. O objetivo, de acordo com Antonio Lacerda, vice-presidente sênior da BASF para a América do Sul, é bastante desafiador quando se trata de uma instituição do setor químico. 

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"O Brasil não é a região que contribui de forma significativa para esse balanço de carbono mas nós estamos empenhados em não somente fazer com que o nosso impacto seja neutralizado aqui mas também ajudar as outras regiões para que a gente possa estar até acima da meta e assim fazer com que o nosso comprometimento, o nosso compromisso seja ultrapassado e a gente possa ajudar outras regiões, ajudar a sociedade e o planeta", afirma Lacerda. Ainda de acordo com o vice-presidente, a sustentabilidade é um pilar da estratégia da BASF e faz parte de qualquer análise realizada pela empresa, tanto para produtos atuais como para novos projetos. 

Lacerda também destaca os principais desafios para o mercado neste momento de recuperação como, por exemplo, a atual crise hídrica que o Brasil enfrenta, crise energética na China e o aumento do preço do gás nos EUA e na Europa. Além disso, ele também acredita que este cenário deve se manter até julho de 2022. "Isso é global, não é restrito ao Brasil, o mundo inteiro está passando por esta situação neste momento. Isso é um problema para toda a sociedade, para as indústrias e, obviamente, para o mercado. O que temos feito é trabalhar junto com nossos clientes para trazer soluções e alternativas para que não haja um desabastecimento mais grave na indústria e no mercado", conclui o vice-presidente da BASF para a América do Sul. 

Confira a íntegra da entrevista:

SBT News: Como enfrentaram o período difícil da pandemia?

Antonio Lacerda: Nós como empresa química, temos manuais praticamente para todos os tipos de situações de emergência e de crise. Desta vez, essa crise veio com manual mas as páginas estavam em branco. Então, nós estamos escrevendo as páginas desse manual todos os dias através de esforços de conexão com outros executivos, outras empresas, clientes, porque é uma situação desconhecida para nós. Cada dia é um dia e cada ocasião é um aprendizado para nós mas sempre colocando a saúde dos nossos colaboradores e pessoas que trabalham com a gente em primeiro lugar. 

SBT News: Dentro dos diferentes seguimentos atendidos pela BASF qual que deverá se destacar nesse cenário de recuperação após o período mais crítico da pandemia? 

Antonio Lacerda: Nós nesse momento estamos passando por uma situação que todos os mercados estão retomando fortemente a demanda. Nosso maior desafio hoje é a crise energética que existe na China, o aumento do preço do gás nos EUA e na Europa, consequentemente, a crise hídrica aqui no Brasil que também aumenta o custo da energia elétrica, por exemplo, e temos toda a questão de desabastecimento global. Isso é um problema muito grave que está acarretando em sérios problemas para nós, para a sociedade, para os nossos clientes e isso deve perdurar até julho do ano que vem. A questão de logística, não tem containers. O preço de um container saiu de 900 dólares para 10 mil dólares, você não acha esse container, se acha não tem espaço no navio, não tem pallet, não tem embalagem... isso é global, não é restrito ao Brasil, o mundo inteiro está passando por esta situação neste momento. Isso é um problema para toda a sociedade, para as indústrias e, obviamente, para o mercado. O que temos feito é trabalhar junto com nossos clientes para trazer soluções e alternativas para que não haja um desabastecimento mais grave na indústria e no mercado. 

SBT News: Em um mundo cada vez mais preocupado em promover um desenvolvimento sustentável e promover o meio-ambiente, como a BASF se posiciona?

Antonio Lacerda: Nós muito claramente trabalhamos o tema da sustentabilidade, ela é um pilar muito importante dentro da nossa estratégia. Nós recentemente colocamos como meta zero de balanço de carbono até 2050, para uma empresa química é bem desafiador esse objetivo que nós temos. O Brasil não é a região que contribui de forma significativa para esse balanço de carbono mas nós estamos empenhados em não somente fazer com que o nosso impacto seja neutralizado aqui mas também ajudar as outras regiões para que a gente possa estar até acima da meta e assim fazer com que o nosso comprometimento, o nosso compromisso seja ultrapassado e a gente possa ajudar outras regiões, ajudar a sociedade e o planeta.

SBT News: Os produtos da BASF são desenvolvidos levando em conta o impacto ambiental?

Antonio Lacerda: Hoje em dia os produtos da empresa são produzidos levando em conta o impacto ambiental. Quanto se gasta de energia, quanto se gasta de água, qual o "balanço de massa", o balanço energético, qual o resíduo que gera a produção daquele determinado produto. Isso é parte integral de qualquer análise hoje na BASF, tanto para produtos atuais como para projetos novos. Mais importante ainda é fazer esse balanço, nós temos que ser sustentáveis nos produtos atuais e nos novos projetos para fazer com que, de fato, nós sejamos sustentáveis. 

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